terça-feira, 1 de março de 2011

Poesia Matemática

NA AULA DE MATEMÁTICA

Quando olhas para mim...
Os números racionais ficam irracionais,
Os reais, imaginários
E os complexos ficam reflexos.

Quando olhas para mim...
O triângulo fica móvel,
O círculo, quadrado
E o quadrado fica reverso.

Quando olhas para mim...
Os conjuntos ficam sem elementos,
Os subconjuntos, maiores que os conjuntos
E o vazio desaparece.

Quando olhas para mim...
Os múltiplos ficam primos,
Os primos, irmãos
E todos os números ficam divisíveis.

Quando olhas para mim...
Os deltas ficam negativos,
As equações, sem raízes
E as funções sem domínio.

Quando olhas para mim...
As derivadas ficam sem limite,
Os gráficos, sem inflexão
E as tangentes nem se tocam.

Quando olhas para mim...
Os poliedros ficam sem faces,
O côncavo vira convexo
E o Teorema de Euler fica sem nexo.

Quando olhas para mim...
O sistema fica impossível,
A matriz, redonda
E o determinante se anula.

Quando olhas para mim...
O sinal fica sem som,
A aula sem professor
E o aluno bate com o dedo no meu ombro:
- Mestre, a aula acabou.

(Chico Nery) 12/09/1984
Contribuição PCOP Vanderley

Um comentário:

  1. Profº Lúcio, que bom poder fazer parte dos leitores do seu blog, saiba que terá grande valia no meu dia-a-dia, e que farei pesquisas sempre que puder! Obrigada pelas informações prestadas, sabemos do seu grande esforço em nos manter sempre informadas aqui na Diretoria.........obrigada.

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