ERER/2022/2023

 

ERER/2023




E.E. "Professor Orlando Geríbola" P.E.I. - - - Área de Humanas - - - Parabéns!

Habilidade: (EF09GE03) Identificar diferentes manifestações culturais de minorias étnicas como forma de compreender a multiplicidade cultural na escala mundial, defendendo o princípio do respeito às diferenças.

Título da reportagem: “Um encontro pelos direitos e culturas indígenas.” (p.6 e p.7).

Objeto de conhecimento: As minorias étnicas e suas diferentes manifestações culturais.




Fonte: WhatsApp.





TÍTULO DO TRABALHO: “Trabalhando o gênero notícia na sala de aula com um tema
atual e que é bastante discutido na mídia.”
NOME DO(A) EDUCADOR(A) (SE HOUVER MAIS DE UM EDUCADOR ENVOLVIDO
ESCREVA O NOME DE TODOS) Jonathans Tresino da Silva
NOME DA ESCOLA: E.E. P.E.I. “Professor Orlando Geríbola”
CIDADE/ESTADO: Osasco/São Paulo
ANO(S)/SÉRIE(S): 9º A e 9º C
DISCIPLINA(S) OU ÁREA(S) DO CONHECIMENTO ENVOLVIDAS: Língua Portuguesa
FORMATO: (PRESENCIAL OU A DISTÂNCIA) Presencial
NÚMERO DE AULAS/ETAPAS: 04 aulas
OBJETIVOS: DESCRIÇÃO DA ATIVIDADE OU SEQUÊNCIA DE AULAS:

O Professor Jonathans de Língua Portuguesa iniciou o desenvolvimento do seu
trabalho em sala de aula com o Jornal JOCA nº 199, trabalhando a habilidade:
conhecer as características dos diferentes gêneros jornalísticos (escrito, orais e
multimodais) e a relação com a situação comunicativa, o estilo e a finalidade dos
gêneros em uso.
1º passo:
Distribuição do jorna JOCA físico para os alunos, para que conheçam as notícias, as
entrevistas, os comentários da edição nº 199.
2º passo:
Ler a notícia "A crise vivida pelos Yanomami"
3º passo:
De modo oral, expor comentários sobre a notícia lida.
4º passo:
Responder, no caderno, as seguintes questões:
1 - Quem são os Yanomami?
2 - Quais são as crises vividas pelos Yanomami?
3 - Como o garimpo ilegal afeta a Tribo Indígena?




"Nem Racismo, nem Injúria Racial. Respeito e Empatia por um mundo melhor." - - - E.E. P.E.I. "Professor Orlando Geríbola"

 



Fonte: WhatsApp.


Vamos aprender a diferença! - - - E.E. P.E.I. "Professor Orlando Geríbola"

 



Fonte: WhatsApp.


E.E. P.E.I. "Professor Orlando Geríbola" - - - - ERER

 



Fonte das Imagens: https://pixabay.com/pt/


 

Introdução:

O referido projeto vem contribuir para a compreensão das diversidades geográficas, políticas, econômicas e culturais da África, bem como um pouco da história dos povos que fizeram parte da formação da identidade cultural da população brasileira. Nós professores da área de humanas juntamente com os outros professores da escola faremos uma releitura da História do mundo africano, sua cultura e os reflexos sobre a vida dos afro-brasileiros em geral, promovendo, com isso, a cidadania e o maior respeito à diversidade étnica e cultural na escola. Para tanto, é preciso uma mudança no ensino-aprendizagem praticado na escola para que tenhamos um resultado eficaz, resultado esse que valorize o conhecimento dessas culturas, provocando mudanças. Admitimos que uma sociedade democrática e justa, inclui todos os setores da população, não havendo espaços para distorções, diferenças ou dominação. O presente Projeto, juntamente com as aulas práticas, inclui a análise dos conhecimentos da cultura indígena e afro, incluindo a língua, suas narrativas orais, músicas, comidas, arte, danças, com as orientações emanadas pelo Ministério da Educação, e principalmente, as fornecidas pelos Parâmetros Curriculares Nacionais.

 

Justificativa:

 

Buscamos apresentar o projeto de forma interdisciplinar para que possa ser inserido transversalmente no currículo escolar, atendendo assim os dispositivos da Lei 10.639/2003 e a Lei 11.645/2008, que determina a obrigatoriedade da temática “História e Cultura Afro-Brasileira e Indígena” no currículo oficial da rede de ensino fundamental e médio nas escolas públicas e particulares do Brasil. Na promoção de debates e reflexões sobre as diferenças raciais e a importância de cada um no processo de construção de nosso país, estado e comunidade. Ao concluirmos esse projeto espera-se que a consciência de valorização do ser humano ultrapasse as fronteiras da violência, do preconceito e do racismo. E se valorize cada vez mais a diversidade étnica e cultural de nosso país.

 

Objetivo Geral:

 

ØValorizar a cultura Indígena, negra e seus afro-descendentes e afro-brasileiros, na escola e na sociedade;

ØDesenvolver atividades com diferentes fontes de informações em livros, jornais, revistas, filmes, fotos, visitas, passeios e confrontar dados e abordagem.

ØTrabalhar com documentos variados, mapas, instrumentos de trabalho, rituais, adornos, meios de comunicação, vestimentas, textos, imagens e filmes.

 

Objetivos específicos:

 

ØConhecer os valores e as tradições culturais indígenas, desenvolvendo atitudes de respeito, cidadania e solidariedade necessárias à preservação e continuidade.

ØDespertar o espírito investigativo, crítico e a integração dos educandos.

ØTrabalhar a interdisciplinaridade associando os conteúdos indígenas a História, Literatura e Arte.

ØValorizar a união entre os povos.

ØEntender e valorizar a identidade do povo negro e das demais culturas presentes na comunidade;

ØRedescobrir a cultura negra, valorizando as tradições da cultura negra esquecidas pelo tempo; 

ØDesmistificar o preconceito relativo aos costumes religiosos provindos da cultura africana;

ØTrazer à tona, discussões provocantes, por meio das rodas de conversa, para um posicionamento mais crítico frente à realidade social em que vivemos;

ØIncentivar a leitura e a pesquisa de assuntos relacionados ao tema do projeto.

ØProporcionar condições a alunos e professores de apropriarem-se de novos saberes sobre a cultura Afro-brasileira.

ØIdentificar tempo e espaço da origem dos grupos africanos que vieram para o Brasil.

ØReconhecer que o tráfico humano foi uma atividade fundamental para o capitalismo mercantilista. 

ØReconhecer que o Brasil foi o País que mais importou escravos negros.

ØPerceber os diferentes tipos de religiões, costumes e línguas.

ØDespertar para a africanicidade brasileira em manifestações na arte, esportes, culinária, língua, religião, como elementos de formação da cidadania.

ØReconhecer o papel do negro na definição e na defesa do território, os Quilombos rurais e urbanos, o negro na periferia e na questão da posse de terras.

ØDespertar para a questão do trabalho no campo e na cidade.

ØProporcionar condições para o conhecimento sobre questões relativas à saúde e doenças.

ØComparar o relacionamento entre africanos na era pré-colonial, no período de dominação europeia e na atualidade.

ØVisitar locais onde pode ser feito o estudo de costumes, religiões línguas, tradições e conhecer objetos relacionados a cultura afro e indígena.

ØDiscutir e conhecer as personalidades negras que deixaram ou estão deixando sua contribuição nos diversos setores da sociedade, como expressões culturais, desportivas, artísticas, políticas, musicais, religiosas etc.

 

Público alvo:

 

Alunos, professores e funcionários da escola

 

Desenvolvimento:

 

O projeto será desenvolvido de forma interdisciplinar e transversal ao longo de todo o ano letivo. Professores farão a ligação entre seus objetos de conhecimento e habilidades, com a temática da Educação para as relações étnicas e raciais.

 

Culminância:

 

Como culminância das atividades desenvolvidas ao longo do ano letivo haverá a apresentação de uma peça. “O Pequeno Príncipe Negro”. E diversas outras atividades culturais como por exemplo: músicas de uma playlist de artistas negros importantes. Apresentação de dança vinculada a temática do ERER. Cinema com apresentação de filmes de diretores africanos. Apresentação de capoeira.



Consciência Negra - Aprenda como fazer a boneca Abayomi



EDUCAÇÃO PARA RELAÇÃO ÉTNICO-RACIAL

 

Professores: Jonathans Tressino da Silva (Língua Portuguesa), Soliene Mesquita (Tecnologia) e Cristiane Assunção ( Arte)

Número de aulas dadas por semana:  06

Número de aulas contempladas por este plano: 

Datas das  aulas da semana: 28/04/2022 a  06/05/2022

Países que falam português são as nações que adotam oficialmente o português como idioma. O português também conhecido como língua românica ou língua neolatina é o quinto idioma mais falado do mundo, com cerca de 280 milhões de falantes. Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Guiné-Equatorial, Moçambique e São Tomé e Príncipe.

Objetivo: Reconhecer, relacionado a Educação para Relação Étnico-racial,  a função social, histórico e cultural dos países do continente africano que tem por oficial o idioma Língua Portuguesa.

 

Justificativa: Podendo se dizer que são irmão de idioma, o continente Africano também possui diversos países que oficialmente é falado a Língua Portuguesa, descendendo dos colonizadores Portugueses. Mostrar a cultura do idioma da Língua Portuguesa nos países africanos serão pautado os passos para o enquadrar os direitos das pessoas afro e afrodescendentes no mundo.

Habilidade/Situação de aprendizagem: (EF69LP46) Participar de práticas de compartilhamento de leitura/recepção de obras literárias/ manifestações artísticas, tecendo, quando possível, comentários de ordem estéticas e afetiva.

(EF69LP37) - Produzir roteiros para elaboração de vídeos de diferentes tipos (vlog científico, vídeo-minuto, programa de rádio, podcasts) para divulgação de conhecimentos científicos e resultados de pesquisa, tendo em vista seu contexto de produção, os elementos e a construção composicional dos roteiros.           Estratégias de produção

 

Metodologia

Recursos

Avaliação

- Pesquisa prévia na biblioteca, em sites direcionados, onde possua informações sobre cultura da Língua portuguesa.  

- Promover a leitura entre os alunos.

- Desenvolvimento da pauta para uma posterior produção de podcast.

- Marketing do podcast, utilização do tema étnico-racial.

- Folhas de Cartolinas.

- Acesso à internet.

- Lápis de cor.

- Aplicativo do ANCHOR. (Podcast)

- Dicionários físicos ou on-line.

 

- Avaliação contínua.

- Trabalho em grupo.

 

 

ERER - - - E.E. P.E.I. "Professor Orlando Geríbola" - - - Professora de Língua Portuguesa Ana Lúcia - - - Parabéns a todos!

 




Fonte: WhatsApp. 


E.E. P.E.I. "Professor Orlando Geríbola" - - - Professora de Língua Portuguesa Ana Lúcia - - - Parabéns a todos!

 



PCA de Linguagens

Ações do ERER 

Oitavos Anos A e B



E.E. P.E.I. "Professor Orlando Geríbola" - - - "Aqui leituras afro e indígena à disposição dos alunos."

 Organização PCA de Linguagens
 e 
Professora de Língua Portuguesa 
dos 
Oitavos Anos 
A e B



Fonte: WhatsApp.


ERER/2022 - - - E.E. "Professor Orlando Geríbola" P.E.I. - - - Parabéns a todos!

 

















Fonte: WhatsApp.

"Nossos aluno, nosso orgulho" - - - "Consciência e respeito" - - - E.E. "Professor Orlando Geríbola" P.E.I.

 









Fonte das Imagens: WhatsApp.


"Mancala" - - - Jogo Africano

 "Mancala: O jogo mais antigo do mundo! O jogo africano Mancala vem de longa data, cerca de 7.000 anos, e, ao que tudo indica, é o “pai” dos jogos. Sua provável origem encontra-se no continente africano, mais precisamente no Egito. Seus tabuleiros mais antigos foram encontrados em escavações da cidade síria de Aleppo, no templo Karnak (Egito) e no Theseum (Atenas). Do vale do Nilo, espalhou-se por toda a África e todo o oriente."


Fonte: https://aedmoodle.ufpa.br/pluginfile.php/299016/mod_resource/content/1/Mancala.pdf 


Culminância da Consciência Negra - - - Pesquisa de Materiais Pedagógicos

Culminância do ERER - - - Materiais Pedagógicos

Cultura Indígena - - - ERER - - - Materiais Pedagógicos

ARTE - - - Ideias para Culminância ERER

 









Fonte: INTERNET


"Mancala" - - - Jogo Africano

 "Mancala: O jogo mais antigo do mundo! O jogo africano Mancala vem de longa data, cerca de 7.000 anos, e, ao que tudo indica, é o “pai” dos jogos. Sua provável origem encontra-se no continente africano, mais precisamente no Egito. Seus tabuleiros mais antigos foram encontrados em escavações da cidade síria de Aleppo, no templo Karnak (Egito) e no Theseum (Atenas). Do vale do Nilo, espalhou-se por toda a África e todo o oriente."


Fonte: https://aedmoodle.ufpa.br/pluginfile.php/299016/mod_resource/content/1/Mancala.pdf 


Como jogar Mancala



Vamos escrever frases com respeito e empatia! - - - Dia da Consciência Negra - - - ERER

 



Fonte: https://br.pinterest.com/

E.E. "Professor Orlando Geríbola" P.E.I. - - - ERER - - - Língua Portuguesa - - - Parabéns a todos!

 










Fonte: WhatsApp. 


Máscaras Africanas | Mwana Afrika Oficina Cultural




Contos Africanos - - - ERER/2022

 

O dia em que explodiu Mabata-bata

De repente, o boi explodiu. Rebentou sem um múúú. No capim em volta choveram pedaços e fatias, grão e folhas de boi. A carne eram já borboletas vermelhas. Os ossos eram moedas espalhadas. Os chifres ficaram num qualquer ramo, balouçando a imitar a vida, no invisível do vento.

O espanto não cabia em Azarias, o pequeno pastor. Ainda há um instante ele admirava o grande boi malhado, chamado de Mabata-bata. O bicho pastava mais vagaroso que a preguiça. Era o maior da manada, régulo da chifraria, e estava destinado como prenda de lobolo do tio Raul, dono da criação. Azarias trabalhava para ele desde que ficara órfão. Despegava antes da luz para que os bois comessem o cacimbo das primeiras horas.

Olhou a desgraça: o boi poeirado, eco de silêncio, sombra de nada.“Deve ser foi um relâmpago”, pensou. Mas relâmpago não podia. O céu estava liso, azul sem mancha. De onde saíra o raio? Ou foi a terra que relampejou?

Interrogou o horizonte, por cima das árvores. Talvez o ndlati, a ave do relâmpago, ainda rodasse os céus. Apontou os olhos na montanha em frente. A morada do ndlati era ali, onde se juntam os todos rios para nascerem da mesma vontade da água. O ndlati vive nas suas quatro cores escondidas e só se destapa quando as nuvens rugem na rouquidão do céu. É então que o ndlati sobe aos céus, enlouquecido. Nas alturas se veste de chamas, e lança o seu voo incendiado sobre os seres da terra. Às vezes atira-se no chão, buracando-o. Fica na cova e a deita a sua urina.

Uma vez foi preciso chamar as ciências do velho feiticeiro para escavar aquele ninho e retirar os ácidos depósitos. Talvez o Mabata-bata pisara uma réstia maligna do ndlati. Mas quem podia acreditar? O tio, não. Havia de querer ver o boi falecido, ao menos ser apresentado uma prova do desastre. Já conhecia bois relampejados: ficavam corpos queimados, cinzas arrumadas a lembrar o corpo. O fogo mastiga, não engole de uma só vez, conforme sucedeu-se.

Reparou em volta: os outros bois, assustados, espalharam-se pelo mato. O medo escorregou dos olhos do pequeno pastor.

— Não apareças sem um boi, Azarias. Só digo: é melhor nem apareceres.

A ameaça do tio soprava-lhe os ouvidos. Aquela angústia comia-lhe o ar todo. Que podia fazer? Os pensamentos corriam-lhe como sombras mas não encontravam saída. Havia uma só solução: era fugir, tentar os caminhos onde não sabia mais nada. Fugir é morrer de um lugar e ele, com os seus calções rotos, um saco velho a tiracolo, que saudade deixava? Maus tratos, atrás dos bois. Os filhos dos outros tinham direito da escola. Ele não, não era filho. O serviço arrancava-o cedo da cama e devolvia-o ao sono quando dentro dele já não havia resto de infância. Brincar era só com os animais: nadar o rio na boleia do rabo do Mabata-bata, apostar nas brigas dos mais fortes. Em casa, o tio adivinhava-lhe o futuro:

— Este, da maneira que vive misturado com a criação há-de casar com uma vaca.

E todos se riam, sem quererem saber da sua alma pequenina, dos seus sonhos maltratados. Por isso, olhou sem pena para o campo que ia deixar. Calculou o dentro do seu saco: uma fisga, frutos do djambalau, um canivete enferrujado. Tão pouco não pode deixar saudade. Partiu na direção do rio. Sentia que não fugia: estava apenas a começar o seu caminho. Quando chegou ao rio, atravessou a fronteira da água. Na outra margem parou à espera nem sabia de quê.

Ao fim da tarde a avó Carolina esperava Raul porta de casa. Quando chegou ela disparou a aflição:

— Essas horas e o Azarias ainda não chegou com os bois.
— O quê? Esse malandro vai apanhar muito bem, quando chegar.
— Não é que aconteceu uma coisa, Raul? Tenho medo, esses bandidos...
— Aconteceu brincadeiras dele, mais nada.

Sentaram na esteira e jantaram. Falaram das coisas do lobolo, preparação do casamento. De repente, alguém bateu porta. Raul levantou-se interrogando os olhos da avó Carolina. Abriu a porta: eram os soldados, três.

— Boa noite, precisam alguma coisa?
— Boa noite. Vimos comunicar o acontecimento: rebentou uma mina esta tarde. Foi um boi que pisou. Agora, esse boi pertencia daqui.

Outro soldado acrescentou:

— Queremos saber onde está o pastor dele.
— O pastor estamos à espera — respondeu Raul. E vociferou:
— Malditos bandos!
— Quando chegar queremos falar com ele, saber como foi sucedido. E bom ninguém sair na parte da montanha. Os bandidos andaram espalhar minas nesse lado.

Despediram. Raul ficou, rodando à volta das suas perguntas. Esse sacana do Azarias onde foi? E os outros bois andariam espalhados por aí?

— Avó: eu não posso ficar assim. Tenho que ir ver onde está esse malandro. Deve ser talvez deixou a manada fugentar-se. E preciso juntar os bois enquanto é cedo.
— Não podes, Raul. Olha os soldados o que disseram. É perigoso.

Mas ele desouviu e meteu-se pela noite. Mato tem subúrbio? Tem: onde o Azarias conduzia os animais. Raul, rasgando-se nas micaias, aceitou a ciência do miúdo. Ninguém competia com ele na sabedoria da terra. Calculou que o pequeno pastor escolhera refugiar-se no vale.

Chegou ao rio e subiu as grandes pedras. A voz superior, ordenou:

— Azarias, volta. Azarias!

Só o rio respondia, desenterrando a sua voz corredeira. Nada em toda volta. Mas ele adivinhava a presença oculta do sobrinho.

— Apareça lá, não tenhas medo. Não vou-te bater, juro.

Jurava mentiras. Não ia bater: ia matar-lhe de porrada, quando acabasse de juntar os bois. No enquanto escolheu sentar, estátua de escuro. Os olhos, habituados à penumbra desembarcaram na outra margem. De repente, escutou passos no mato. Ficou alerta.

— Azarias?

Não era. Chegou-lhe a voz de Carolina.

— Sou eu. Raul

Maldita velha, que vinha ali fazer? Trapalhar só. Ainda pisava na mina, rebentava-se e, pior, estoirava com ele também.

— Volta em casa, avó!
— O Azarias vai negar de ouvir quando chamares. A mim, há-de ouvir.

E aplicou sua confiança, chamando o pastor. Por trás das sombras, uma silhueta deu aparecimento.

— És tu, Azarias. Volta comigo, vamos para casa.
— Não quero, vou fugir.

O Raul foi descendo, gatinhoso, pronto para saltar e agarrar as goelas do sobrinho.

— Vais fugir para onde, meu filho?
— Não tenho onde, avó.
— Esse gajo vai voltar nem que eu lhe chamboqueie até partir-se dos bocados — precipitou-se a voz rasteira de Raul.
— Cala-te, Raul. Na tua vida nem sabes da miséria.

E voltando-se para o pastor:

— Anda meu filho, só vens comigo. Não tens culpa do boi que morreu. Anda ajudar o teu tio juntar os animais.
— Não preciso. Os bois estão aqui, perto comigo.

Raul ergueu-se, desconfiado. O coração batucava-lhe o peito.

— Como ? Os bois estão aí?
— Sim, estão.

Enroscou-se o silêncio. O tio não estava certo da verdade do Azarias.

— Sobrinho: fizeste mesmo? Juntaste os bois?

A avó sorria pensando no fim das brigas daqueles os dois. Prometeu um prémio e pediu ao miúdo que escolhesse.

— O teu tio está muito satisfeito. Escolhe. Há-de respeitar o teu pedido.

Raul achou melhor concordar com tudo, naquele momento. Depois, emendaria as ilusões do rapaz e voltariam as obrigações do serviço das pastagens.
— Fala lá o seu pedido.
— Tio: próximo ano posso ir na escola?

Já adivinhava. Nem pensar. Autorizar a escola era ficar sem guia para os bois. Mas o momento pedia fingimento e ele falou de costas para o pensamento:

— Vais, vais.
— É verdade, tio?
— Quantas bocas tenho, afinal?
— Posso continuar ajudar nos bois. A escola só frequentamos da parte de tarde.
— Está certo. Mas tudo isso falamos depois. Anda lá daqui.

O pequeno pastor saiu da sombra e correu o areal onde o rio dava passagem. De súbito, deflagrou um clarão, parecia o meio-dia da noite. O pequeno pastor engoliu aquele todo vermelho: era o grito do fogo estourando.

Nas migalhas da noite viu descer o ndlati, a ave do relâmpago. Quis gritar:

— Vens pousar quem, ndlati?

Mas nada não falou. Não era o rio que afundava suas palavras: era um fruto vazando de ouvidos, dores e cores. Em volta tudo fechava, mesmo o rio suicidava sua água, o mundo embrulhava o chão nos fumos brancos.

— Vens pousar a avó, coitada, tão boa? Ou preferes no tio, afinal das contas, arrependido e prometente como o pai verdadeiro que morreu-me?

E antes que a ave do fogo se decidisse Azarias correu e abraçou-a na viagem da sua chama.

Mia Couto, Vozes anoitecidas (1987)


Fonte: https://www.culturagenial.com/contos-africanos-comentados/



Racismo no cotidiano.



Professor Robson - - - Jogo de Mancala - - - ERER

 








Fonte da Imagem: https://pixabay.com/pt/images/search/mancala/


Museus Afrobrasileiros

 Fonte: https://www.geledes.org.br/museu-afrobrasileiro/


Museu Afrobrasileiro, São Paulo/SP

Fundação: 2004

Localização: São Paulo

Tipo: Artes, História, Etnologia 

Curador: Emanoel Araújo

Website: www.museuafrobrasil.com.br


Visita Virtual ao Museuafrobrasil - - - ERER

Conhecendo Museus - Ep. 04: MUSEU AFRO BRASIL




ERER - - - Ocupando os Espaços de Aprendizagem - - - Parabéns a todos!






Fonte: WhatsApp.



Culminância ERER/2022 - - - Organização - - - Parabéns a todos!

 

Culminância ERER/2022

Data Proposta: 22/11/2022 (terça-feira)

Alinhamentos em ATPCG (07/11/2022)

 

Mediador - Irineu e Ana Lúcia

Moderador das Palestras (AVA) – Jonathans

 

1ª e 2ª Aulas – CLUBE e TUTORIAS;

3ª Aula - Palestra – 6º e 7º Anos;

45’ – Tempo Estimado;  

4ª Aula - Palestra - 8º e 9º Anos;

45’ - Tempo Estimado;

Espaço de Aprendizagem: Pátio/Palco da Escola;

Metodologia Ativa: WORDWALL;  

Observação: alternar com a Palestra;

Sugestões para pesquisa de todos os Professores:

 

Culminância ERER - - - Materiais Pedagógicos

Fonte: https://wordwall.net/pt-br/community/cultura-ind%C3%ADgena

Fonte: https://wordwall.net/pt-br/community/cultura-ind%C3%ADgenas

Fonte: https://wordwall.net/pt-br/community/cultura-indigena

 

Culminância ERER - - - Materiais Pedagógicos

Culminância ERER - - - Pesquisa de Materiais Pedagógicos

Fonte: https://wordwall.net/pt-br/community/jogo-consci%C3%AAncia-negra

Fonte: https://wordwall.net/pt-br/community/consci%C3%AAncia-negra 

Fonte: https://wordwall.net/pt-br/community/consciencia-negra 

Fonte: https://wordwall.net/pt-br/community/dia-da-consciencia-negra

Fonte: https://wordwall.net/pt-br/community/2-ano-consci%C3%AAncia-negra

 

 

5ª, 6ª e 7ª Aulas – Metodologia: Rotação por Estações;   

 

1º Estação: Quadra - Oficina de Jogos: Sala de “MANCALA” – Apresentação do Vídeo (em sala de aula) – Conversa inicial sobre a história do Jogo - Professor Responsável: Robson de Educação Física;

 

 

"Mancala" - - - Jogo Africano

 "Mancala: O jogo mais antigo do mundo! O jogo africano Mancala vem de longa data, cerca de 7.000 anos, e, ao que tudo indica, é o “pai” dos jogos. Sua provável origem encontra-se no continente africano, mais precisamente no Egito. Seus tabuleiros mais antigos foram encontrados em escavações da cidade síria de Aleppo, no templo Karnak (Egito) e no Theseum (Atenas). Do vale do Nilo, espalhou-se por toda a África e todo o oriente."

 

Fonte: https://aedmoodle.ufpa.br/pluginfile.php/299016/mod_resource/content/1/Mancala.pdf 

 

https://matematicaef2.blogspot.com/2022/11/como-jogar-mancala.html (Vídeo YOUTUBE)

 

2º Estação: Pátio – Dança e Performance – Professoras Responsáveis: Ana Lúcia e Elaine Oficina de Dança – Tempo Estimado de 10’ para cada apresentação;

 

3º Estação: Sala de Leitura – Apresentações dos trabalhos dos alunos dos 6º e 7 º Anos – Professores Responsáveis: Todos - Mostra Cultural;

 

4º Estação: Sala de Multiuso – Apresentação dos trabalhos dos alunos dos alunos dos 8º e 9º Anos -Professores Responsáveis: Todos - Mostra Cultural;    

 

Organização dos Espaços de Aprendizagem: Todos os Professores que possam ajudar nas duas primeiras aulas.

 

Visitação dos Alunos:

 

5ª Aula – 6º A; 7º A; 8º A e 9º A;  

Observação: 6º A, começando pela Estação (1); 7º A, Estação (2); 8º A, Estação (3) e 9º A, Estação (4);

Tempo Estimado para cada Estação: 10’;  

6º Aula – 6º B; 7º B; 8º B e 9º B;

Repetir as Estações.

7º Aula – 6º C; 7º C; 8º C e 9º C;  

Repetir as Estações.   

A 8º Aula será um momento para organização da Unidade da Escola.

 

 

Diretor

Rodrigo

 

Vice-Diretor

Maurício

 

 

CGPG

Lúcio  

 

CGPAC

Ana Lúcia, Kamila e Wellington

 

Professores: Amanda; Ana Luiza; Andrea Piovan; Andrea Sciarretta; Bruno; Carlos Thiago; Davi; Elaine; Eli; Irineu; Jonathans; Marina; Mayara; Reinaldo; Robson e Soliene.




Culminância ERER - - - 22/11/2022 - - - Língua Portuguesa - - - Parabéns a todos!

 








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E.E. "Professor Orlando Geríbola" P.E.I. - - - Professores Eli e Robson - - - Parabéns a todos! - - - ERER

 







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E.E. "Professor Orlando Geríbola" P.E.I. - - - ERER - - - Parabéns a todos!

 











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"Nossos alunos felizes, nossos orgulhos" - - - E.E. "Professor Orlando Geríbola" P.E.I. - - - Parabéns a todos! - - - ERER

 








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ERER - - - E.E. "Professor Orlando Geríbola" P.E.I. - - - - Parabéns a todos!

 








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ERER - - - "Professor Orlando Geríbola" P.E.I. - - - Parabéns a todos!

 










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ERER - - - Professores Ana Lúcia e Irineu - - - E.E. "Professor Orlando Geríbola" P.E.I. - - - Parabéns a todos!

 









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Culminância do ERER/2022 - - - Parabéns a todos!

 

















Fonte: WhatsApp.


E.E. "Professor Orlando Geríbola" P.E.I. - - - ERER/2022 - - - Parabéns a todos!

 



Fonte: WhatsApp.


Culminância do ERER - - - E.E. "Professor Orlando Geríbola" P.E.I. - - - Parabéns a todos!

 



E.E. "Professor Orlando Geríbola" P.E.I. - - - Parabéns a todos pelo envolvimento! - - - ERER/2022

 



Dia da Consciência Negra - - - Culminância do ERER em 22/11/2022 - - - E.E. "Professor Orlando Geríbola" P.E.I. - - - Parabéns a todos!

Basta clicar nos LINKS abaixo para conhecer um pouco de nosso trabalho:

👇







E.E. "Professor Orlando Geríbola" P.E.I. - - - ERER/2022 - - - Parabéns a todos!

 








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ERER/2022 - - - E.E. "Professor Orlando Geríbola" P.E.I. - - - Parabéns a todos!

 
















Fonte: WhatsApp.


ERER/2022 - - - E.E. "Professor Orlando Geríbola" P.E.I. - - - Professora Elaine - - - Parabéns a todos!




"Culminância ERER e YOUTUBERS na Escola, alunos protagonistas."


(Professor Jonathans)



EDUCAÇÃO PARA A RELAÇÃO ÉTNICO RACIAL




ERER - - - - Professoras Andrea Piovan e ELI - - - - Parabéns a todos!

"Grafismo Indígenas - elementos gráficos, linhas retas, curvas e traçados. As formas que são uma riqueza de identificação."


Fonte: WhatsApp.



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