domingo, 31 de março de 2019

BNCC: ferramentas digitais para levar para sua turma - Revista Nova Escola


A professora Débora Garofalo compartilha sugestões de ferramentas para apoiar os trabalhos em sala de aula

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Crédito: istock

A chegada da Base Nacional Comum Curricular (BNCC) deixa evidente a necessidade de trazer a tecnologia para dentro da sala de aula. Segundo a BNCC, os estudantes devem desenvolver ao longo da Educação Básica a competência para:
“Compreender e utilizar tecnologias digitais de informação e comunicação de forma crítica, significativa, reflexiva e ética nas diversas práticas sociais (incluindo as escolares), para se comunicar por meio das diferentes linguagens e mídias, produzir conhecimentos, resolver problemas e desenvolver projetos autorais e coletivos.”
Diante disso, que tal inserir em suas aulas ferramentas que dialogam com a BNCC e permitem que o aprendizado seja mais colaborativo, envolvente e significativo?
Sem dúvida, o uso de ferramentas digitais na Educação possibilita inovação e mudança efetiva no processo de ensino e aprendizagem. É possível usar celulares e tablets e ferramentas de modo offline, trazendo esses aparelhos para fins pedagógicos – o que permite que sua sala de aula se transforme em um ambiente inovador.
Essa transformação está pautada em mudanças de hábitos e paradigmas em nós, professores, capaz de alterar relações diárias, gerar colaboração e empatia. Não basta esperar que a transformação chegue até a sala de aula. A mudança precisa ter um ponto de partida dentro do ambiente escolar e o planejamento é o ponto chave para que isso ocorra e pode ser construído de forma colaborativa com os estudantes, criando desta maneira, o pertencimento nas ações desde o início pela comunidade escolar.
A seguir, apresentamos algumas formas e ideias de inserir ferramentas digitais nas aulas, trabalhando com a tecnologia de maneira relevante e integrada ao dia-a-dia da turma.

Ambientes virtuais 

Nossos alunos, nasceram na era digital e navegam em ambientes virtuais o tempo todo – alguns deles, dependendo da idade da sua turma, desde que nasceram. Eles se comunicam com desenvoltura nesse meio. É necessário inserir as aulas neste contexto, incentivando e orientando a interação nesses espaços que tem muito acrescentar para a prática pedagógica. Para o professor, esse movimento também é uma oportunidade de identificar tarefas que podem ser realizadas e produzidas no meio digital.
As ferramentas são infinitas. E, se sua preocupação é a idade correta, você pode utilizar o Edmodo, desenvolvido para auxiliar na Educação e que atende todas as faixas etárias. Na plataforma, é possível criar grupos, comunidades e fóruns de discussão com temáticas específicas relacionado ao currículo estudado, permitindo uma extensão da sala de aula, mas exercitando o senso crítico e reflexivo os estudantes.

Gêneros digitais

Como a leitura se modificou também nos tempos de internet, os gêneros textuais se multiplicaram na esfera digital, bem como a forma como são produzidos, transmitidos e remixados. Assim, além dos nossos alunos serem consumidores de tecnologia e de novos gêneros textuais, eles também são muitas vezes produtores. Nesse contexto, é possível trabalhar com produção dos novos gêneros digitais como:
  • Blogs;
  • Tweets;
  • Mensagens instantâneas;
  • Memes;
  • GIFs;
  • Vlogs;
  • Fanfics
O trabalho com esses gêneros pode ser explorado em diferentes áreas do conhecimento, valorizando o trabalho interdisciplinar, conforme prevê a BNCC.

Ferramentas colaborativas

Uma forma de engajar os alunos com o planejamento é torná-los parte da construção do conhecimento. Mobilize produção de blogs e interação com imagens, comentários, vídeos e produções textuais.
Google Docs é um exemplo de ferramenta gratuita que funciona muito bem com celulares, tablets que permite interação e colaboração, permitindo comentários e retornos de maneiras instantâneas.

Tendências digitais

Utilizar elementos lúdicos estimula e engaja os estudantes no processo de aprendizagem. Esse movimento tira as crianças e adolescentes da passividade e os traz para o centro da aprendizagem. Entre as tendências podemos mencionar:
Programação: a linguagem de programação pode ser trabalhada em diferentes contextos e propostas. Além de ser uma propulsora ao ensino de robótica, serve também para produzir jogos e criar narrativas digitais. Temos um software totalmente gratuito e que pode ser trabalhando de forma offline, permitindo interação e o aprendizado através do raciocínio lógico que é o Scratch.
Realidade virtual: a realidade virtual é uma tecnologia de interface entre um usuário e um sistema operacional, que tem o objetivo de recriar ao máximo a sensação de realidade. Ela apresenta aos nossos sentidos (paladar, tato, olfato, visão e audição) um ambiente virtual, que podemos explorar de várias formas e funciona através dos óculos de realidade virtual. Para explorar a realidade virtual com a turma é simples: basta baixar, pelo celular, as fotos ou os vídeos em 360º graus, que são imagens tiradas em sequência e agrupadas. O Google fornece o modelo dos óculos Google Cardboard,  que você junto da turma pode fazer os óculos.
E você, querido professor, quais ferramentas digitais utiliza em sala de aula que dialogam com a BNCC? Conte aqui nos comentários e ajude outros docentes a inovar em sala de aula.
Um abraço,
Débora Garofalo
Professora da rede Municipal de Ensino de São Paulo, formada em Letras e Pedagogia, mestranda em Educação pela PUC-SP, colunista de Tecnologia para o site da NOVA ESCOLA, Vencedora na temática Especial Inovação na Educação no Prêmio Professores do Brasil e Top 10 no Prêmio Global Teacher Prize, considerado o Nobel da Educação.

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