segunda-feira, 22 de outubro de 2012

"OUTUBRO ROSA"

DIRETORIA DE ENSINO REGIÃO OSASCO

 

No Brasil, o câncer de mama ainda é o líder das doenças malignas femininas, em termos de novos casos e mortes por ano. No entanto, detectado numa fase inicial, pode ser curado em até 95% dos casos e tratado com intervenções médico-cirúrgicas pouco agressivas, garantindo a preservação da mama, na maioria das vezes.
Apesar dos avanços no tratamento ocorridos nas últimas décadas, o rastreamento ainda é a ferramenta mais importante que dispomos na luta contra a doença. Assim, a prática regular da mamografia permite descobrir pequenos tumores localizados, sem comprometimento de linfonodos locais ou regionais o que determina um prognóstico favorável.
Hoje, não dispomos de números precisos, mas pode-se dizer que uma em cada três mulheres não acompanha regularmente a saúde de suas mamas. Se o rastreamento organizado for de fato conhecido pelo público feminino e também masculino, seguramente a participação da mulher no processo seria massiva e eficaz em termos de diagnóstico precoce.
De acordo com dados do Ministério da Saúde, 60% dos casos de câncer de mama no país são detectados em estágios avançados, o que tem por consequência o aumento de recidivas, aparecimento de metástases e redução da sobrevida. Tudo isto justifica extremar esforços em prol da conscientização, especialmente entre as mulheres mais afetadas pelas desigualdades territoriais, socioeconômicas e culturais existentes.
É por isso que este ano de 2012, a Escola da Família e especialmente o Projeto Ações Preventivas na Escola não poderiam ficar ausentes no compromisso de incentivar às mães, tias, irmãs e demais familiares de alunos que concorrem às escolas estaduais de São Paulo, a participarem do exame mamográfico. Lembrando que a mamografia (radiografia da mama) deve ser realizada anualmente, a partir dos 40 anos, conforme preconizado pela Sociedade Brasileira de Mastologia.
Embora a herança seja responsável por apenas 10% do total de casos, mulheres com história familiar de câncer de mama, especialmente se uma ou mais parentes de primeiro grau (mãe ou irmãs) foram acometidas antes dos 50 anos, apresentam maior risco de desenvolver a doença, motivo pelo qual deverão ser acompanhadas por médico a partir dos 35 anos.
Outros antecedentes como: primeira menstruação precoce, menopausa tardia (após os 50 anos), primeira gravidez após os 30 anos, não ter tido filhos, não amamentar ou amamentar menos de um ano, condições de sedentarismo, obesidade, reposição hormonal e consumo excessivo de álcool, também constituem fatores de risco. Mulheres que se encaixem nesses perfis estão facultadas a procurar orientação médica. Deve-se, contudo, enfatizar que as mulheres que não apresentam fatores de risco conhecidos podem desenvolver a doença, por isso a ausência dos mesmos não deve criar uma falsa sensação de segurança.
Por tudo isso, precisamos conscientizar a população sobre a importância da mamografia. Só assim será possível melhorar a condição de acesso ao exame, qualificar os mamógrafos e criar centros que possam tratar e medicar as pacientes nos tempos certos, sem demoras nem burocracias!
Contamos com você para integrar esta legião, no combate consciente ao Câncer de Mama!

Eduardo Blanco Cardoso
Mestre, Doutor e Pós-Doutor em Medicina pela Faculdade de Medicina da USP
Doutor em Ciências pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo
Pesquisador da Escola de Ginecologia e Mastologia José Aristodemo Pinotti, Instituto Se Toque e
Hospital Augusto de Oliveira Camargo
Apoio:

Programa Escola da Família
Projeto Ações Preventivas na Escola
Centro de Qualidade de Vida
Conselho Estadual da Condição Feminina






Nenhum comentário:

Postar um comentário