quinta-feira, 31 de julho de 2025

Metodologia: THINK PAIR SHARE

THINK PAIR SHARE Think Pair Share (TPS), é uma metodologia ativa de ensino e aprendizagem desenvolvida pelo Dr. Frank Lyman em Universidade de Maryland em 1981, citada por Ledlow (2001) Kothyal (2013) Shih e Reynolds (2015); adaptada por educadores como Kagan (1994) e Ledlow (2001), entre outros. Svinicki (2013) afirma que esta estratégia foi mencionada praticamente por todos os autores que escreveram sobre aprendizagem em grupo na sala de aula. Pesquisas apontam para o uso desta metodologia na área da saúde, em cursos de formação e aperfeiçoamento (CLAPPER, 2014, KADDOURA, 2013, SAHAKIAN, 2002; na área educacional (SHIH, 2015, BAMIRO, 2015, KOTHIYAL, ‎2013, TAVARES, 2015, GOLDSMITH, 2013, IBE, 2009, KARGE, 2011) e em muitas outras, principalmente nas universidades, em cursos de aprofundamento em engenharia, matemática e ensino de segunda língua. É considerada uma estratégia de aprendizagem cooperativa que inclui três componentes: tempo para pensar, tempo para compartilhar com um parceiro e tempo para compartilhar com um grupo maior. A aprendizagem entre pares possibilita a interação dos alunos, uma vez que deverão pensar em conjunto (em duplas e em grupo). De acordo com McCarthy (2013), o professor gera uma situação problema por meio de perguntas balizadoras sobre o assunto a estudar ou propõe a leitura de um texto; os alunos têm um tempo para pensar; reúnem-se em pares, discutem a situação e, posteriormente, compartilham suas ideias com o grupo. Este momento pode ser acrescido de vários recursos para enriquecer o assunto: vídeos, charges, propagandas, músicas, etc. Também é papel do professor estabelecer os pares que compartilharão suas primeiras ideias sobre o assunto. Em vez de esperar até o tempo de discussão, o professor já deve indicar antecipadamente quem será o colega parceiro. Caso contrário, o foco do aluno pode ser em encontrar um parceiro em detrimento de pensar sobre o assunto em voga. Os alunos devem ter oportunidade de pensar com uma variedade de parceiros. Neste momento deve-se monitorar o diálogo dos alunos para verificar o entendimento dos mesmos; averiguar equívocos comuns e ideias originais para discutir posteriormente com o grupo. Deve-se assegurar o respeito aos diferentes pontos de vista. Durante o compartilhamento o aluno precisará praticar a escuta, e é preciso acompanhá-lo para que todos esclareçam suas ideias. Após este tempo, que é relativo, pois dependerá do assunto abordado, o professor escolherá algumas duplas para compartilhar suas respostas com toda a classe ou poderá também trocar os pares para um novo compartilhamento. Este é o momento para discutir o que não ficou claro, para sistematização do conhecimento. McCarty (2013) ainda destaca que o professor não necessita de nenhum material específico e que a estratégia pode ser usada em qualquer disciplina. Os alunos são estimulados a pensar, a construir suas ideias a partir das ideias dos colegas e esta é uma habilidade importante para adquirirem. A autora enfatiza que os alunos precisam de tempo para processar mentalmente novas ideias com a finalidade de apropriá-las na memória e que habilidades de comunicação, uso adequado da linguagem falada, registro escrito eficaz e habilidades cooperativas são mais bem desenvolvidos quando usada esta estratégia.


Fonte: https://educapes.capes.gov.br/bitstream/capes/554124/2/TPS%20no%20Ensino%20Fundamental.pdf

Nenhum comentário:

Postar um comentário