sexta-feira, 4 de março de 2011

Pensamento Matemático

Pensamento Matemático

Matemática, Educação e desenvolvimento Social – questionamento mitos que sustentam opções actuais em desenvolvimento curricular em matemática.
Devemos considerar que a disciplina de Matemática é um meio para o desenvolvimento de competências tais como a capacidade de expressão pessoal, de compreensão de fenômenos, de argumentação consistente, de tomada de decisões conscientes e reflexivas, de problematização e enraizamento dos conteúdos estudados em diferentes contextos e de imaginação de situações novas.
Há uma grande disponibilidade de informações que circulam, de forma desordenada e fragmentada.
O ensinar matemática consiste numa organização de saberes necessários ao aluno, onde para que ocorra a construção do conhecimento, elas precisam ser articuladas, interconectadas, de modo a produzir visões organizadas da realidade, que conduzam à compreensão dos significados dos temas estudados.
A Proposta Curricular do Estado de São Paulo para a disciplina de Matemática trata do que deve ser ensinado e como ensinar as idéias fundamentais do currículo.
Os Parâmetros Curriculares Nacionais de Matemática trata das principais características do conhecimento matemático, do papel da matemática no ensino fundamental, da matemática e a construção da cidadania, da matemática e os temas transversais, o saber matemático, entre outros.
Porém ao pesquisarmos sobre estes dois assuntos iremos perceber que existem segundo alguns teóricos algumas diferenças entre o ensinar matemática e o educar matematicamente.       
Ensinar Matemática - consiste em algoritmos e fórmulas para serem desenvolvidos nos testes e provas. Os alunos devem aprender matemática.    
Educar Matematicamente – fornecer os conteúdos matemáticos contextualizados. Respeitar as diversidades e estimular as investigações.    
 É interessante observarmos ao ver e ouvir na Internet a entrevista que o professor Paulo Freire concedeu ao professor Ubiratan D’Ambrósio, onde ele propõe que se mostre aos alunos a naturalidade do ensino da Matemática. “Despertem os alunos para que se assumam matemáticos”. Que “Ensinar não é transferir conhecimentos e nem conteúdos, é construir e reconstruir como esses alunos esses mesmos conhecimentos”.  Que “O ato de aprender ilumina o ato de ensinar”.
Entre outras falas de Paulo Freire podemos perceber que educar matematicamente exige dos professores envolvimento, empenho, dedicação, doação e participação efetiva do professor.
“Saber que ensinar não é transferir conhecimento, mas criar as possibilidades para a sua própria produção ou a sua construção”. (FREIRE, 47)
“Quando entro na sala de aula devo estar sendo um ser aberto as indagações, à curiosidade, às perguntas dos alunos, a suas inibições; um ser crítico e inquiridor, inquieto em face da tarefa que tenho – a de ensinar e não de transferir conhecimento”.  (FREIRE, 47)
Diante de todas as fontes de informação observadas posso concluir que as diferenças existem e nos deixam uma indagação!  Se ensinamos matemática ou se educamos matematicamente. Na educação matemática, precisamos sempre nos fazer certas perguntas enquanto professores:
Por que ensinamos Matemática?
O que ensinar em Matemática?
Como ensinar Matemática?
Responder a essas perguntas talvez nos ajudem a pensar a forma como didaticamente ensinamos os saberes matemáticos.   
Bibliografia:
FREIRE, P. Pedagogia da Autonomia. Paz e Terra, 2009, p.47.

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