"A compreensão é um pro-jeto e como pro-jeto, requer tempo vivido [...]
é preciso que se respeite o tempo necessário, um tempo vivido na
Matemática. É preciso que o aluno a habite, lançando-lhes sempre um
novo olhar. (MEDEIROS, 2005, p. 35)
O que se quer dizer com um pro-jeto é o lançar-se para o que quiser, para o que se está
dirigido, voltado, o que é intencionado".
"A condição para isso é partir do conhecimento que é
dado na vivência, do conhecimento prévio, do conhecimento pré-reflexivo, é ele que dá o
impulso para a projeção".
"O ser-professor traz, portanto, em seu bojo, tanto a preocupação para
com o modo de ser e de conhecer do aluno como para com o do ser e
do conhecer do corpo de conhecimentos humanos, objeto do seu
ensino. É preciso, assim, que o professor tenha claro para si o que essa
área diz do mundo, o que revela sobre ele, como explicita o que revela,
como são gerados os seus conhecimentos, como os mesmos são
perpetuados na tradição cultural da humanidade e são transmitidos em
uma cadeia sem fim de contatos humanos na qual sempre existem
centelhas do pensamento criativo e de abertura para o original".
(BICUDO, 2005, p. 52)
"Pelos dizeres dos nossos sujeitos, percebemos que falta essa centelha do pensamento criativo,
apontada por Bicudo (2005), para que eles consigam aliar o conhecimento científico, tratado
no curso de licenciatura, ao conhecimento didático que irá permitir que desenvolva o seu
modo de ensinar matemática".
Fonte: BICUDO, Maria Aparecida Viggiani (Org.). Educação Matemática. 2. ed., São Paulo: Centauro, 2005
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