domingo, 23 de agosto de 2015

Para reflexão!

"A compreensão é um pro-jeto e como pro-jeto, requer tempo vivido [...] é preciso que se respeite o tempo necessário, um tempo vivido na Matemática. É preciso que o aluno a habite, lançando-lhes sempre um novo olhar. (MEDEIROS, 2005, p. 35) O que se quer dizer com um pro-jeto é o lançar-se para o que quiser, para o que se está dirigido, voltado, o que é intencionado".

"A condição para isso é partir do conhecimento que é dado na vivência, do conhecimento prévio, do conhecimento pré-reflexivo, é ele que dá o impulso para a projeção". 


"O ser-professor traz, portanto, em seu bojo, tanto a preocupação para com o modo de ser e de conhecer do aluno como para com o do ser e do conhecer do corpo de conhecimentos humanos, objeto do seu ensino. É preciso, assim, que o professor tenha claro para si o que essa área diz do mundo, o que revela sobre ele, como explicita o que revela, como são gerados os seus conhecimentos, como os mesmos são perpetuados na tradição cultural da humanidade e são transmitidos em uma cadeia sem fim de contatos humanos na qual sempre existem centelhas do pensamento criativo e de abertura para o original". (BICUDO, 2005, p. 52)

"Pelos dizeres dos nossos sujeitos, percebemos que falta essa centelha do pensamento criativo, apontada por Bicudo (2005), para que eles consigam aliar o conhecimento científico, tratado no curso de licenciatura, ao conhecimento didático que irá permitir que desenvolva o seu modo de ensinar matemática".

Fonte: BICUDO, Maria Aparecida Viggiani (Org.). Educação Matemática. 2. ed., São Paulo: Centauro, 2005

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