A Prova Brasil avalia a cada dois anos, desde 2005, as proficiências em Português e Matemática dos estudantes de 5º e 9º ano nas redes públicas de ensino de todo o país. Os resultados são apresentados em pontos em uma escala – a Escala SAEB. Para apresentar esses dados ao público, nós do QEdu trabalhamos com as pontuações que o Todos Pela Educação e muitos especialistas a consideram apropriadas para definir qual o percentual de alunos com aprendizado adequado.
Segundo o nosso CEO, César Wedemann, “a plataforma tem como objetivo usar tecnologia e dados para melhorar a educação brasileira. Com a divulgação dos dados de aprendizado adequado mais atualizados, esperamos equipar melhor professores e gestores da educação pública a tomarem melhores decisões com base em evidências, apoiando o trabalho que eles realizam e o projeto pedagógico das redes brasileiras”. Ao acessar o portal do QEdu na internet é possível acessar outras análises como evoluções dos dados ao longo do tempo, filtros, comparações com vizinhos, etc. Também pode-se encontrar outras fontes de dados como o Censo Escolar e ENEM.
Levando em conta os dados de todo o Brasil, 50% dos alunos demonstraram estar com um aprendizado adequado em Português no 5º ano, um aumento em relação aos 40% em 2013. Já no 9º ano o percentual é de 30%, 7 pontos percentuais a mais em relação à ultima avaliação.
Em Matemática o cenário é mais preocupante: no 5º ano o percentual com aprendizado adequado é de 39%, uma mudança tímida em relação aos 35% de 2013. Já no 9º ano apenas 14% atingiram o aprendizado adequado. Em 2013 o índice era de 11%.
Nos municípios brasileiros, alguns tiveram saltos expressivos. Em São Paulo, na cidade de Novo Horizonte, os alunos com aprendizado adequado em Português no 5º ano eram 64% do total em 2011, saltando para 81% em 2015. Evolução similar ocorreu em Matemática no 9º ano, saindo de 34% em 2011 para 47% em 2015.
Um outro caso impressionante é o de Sobral, no Ceará. O aprendizado adequado em Matemática, no 5º ano, era de 82% em 2011. Em 2015 alcançou 95%. Já no 9º ano, encontrava-se em 15% e subiu em 2015 para 55%. Em Português no 5º ano o índice de 2011 era de 75%. Em 2015 subiu para 96%. Já no 9º ano o percentual de 25% encontrado em 2011 subiu para 61% em 2015.
Segundo o Gerente de Projetos da Fundação Lemann, Economista e Mestre em Gestão e Políticas Públicas, Ernesto Martins Faria, “os resultados confirmam um avanço nos anos iniciais, mas que ainda não são suficientes para garantir uma parcela razoável de alunos com um bom nível de aprendizado.” Precisa-se ainda, segundo ele, “investir em políticas que promovam maior equidade e que garantam melhores condições de ensino para os alunos que mais precisam”.
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