Educador destaca necessidade de exercer autoridade sobre os filhos e não transformar desejos em direitos
SÃO PAULO - “Ele é assim e não há o que fazer”. “No meu tempo era diferente”. Essas frases são comumente ditas por pais ao professor e filósofo Mario Sergio Cortella. Ele lança nesta sexta-feira, 12, o livro Família – Urgências e Turbulências (Cortez Editora, 144 págs., preço sugerido R$ 38) em que aponta a falta de convívio familiar e a dificuldade de exercer autoridade sobre os filhos como as principais falhas nas relações familiares atuais.
O senhor fala que a atual geração de pais dá “toda voz” às crianças. A falta de tempo faz com que os pais optem por evitar confronto com os filhos?
A falta de tempo é uma das causas. Ela não é exclusiva, mas extremamente significativa. Afinal de contas, quando um casal inicia uma discussão, é preciso ter tempo para levá-la adiante e concluí-la, de modo a não sofrer alguma ruptura. A ausência do tempo de convívio leva a uma rarefação também do tempo de enfrentamento. Eu uso a palavra enfrentamento sem nenhum tipo de pudor. Porque toda relação de educação tem dentro dela um enfrentamento.
Fonte: Entrevista com Mario Sergio Cortella, professor e filósofo. Isabela Palhares, O Estado de São Paulo - 12 Maio 2017 | 03h00
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