Projeto Clubinho de Matemática é finalista na 13º edição do Prêmio Escola Voluntária
Ação coloca estudantes do Ensino Médio e Fundamental como protagonistas no processo de aprendizagem
Pela manhã, Túlio Coelho dos Reis é aluno do Ensino Médio da E.E. Paulo Virgínio, em Cunha, interior de São Paulo. Uma vez por semana, entretanto, no contraturno, ele assume o papel de professor. Com animação, abre a porta da sala de aula e já lança um novo desafio para a classe.
Na mesa, Túlio dispõe blocos lógicos até formar uma estrela e os estudantes precisam usar as peças para desenhar 8 triângulos. A atividade de raciocínio faz parte do Clubinho de Matemática, projeto que colocou a escola para representar o Estado de São Paulo na reta final do 13º Prêmio Escola Voluntária.
No total, 10 escolas concorrem a primeira colocação que premiará com R$ 20 mil aquele que ficar no lugar mais alto do pódio.
O Clubinho nasceu em 2012 por meio de uma pesquisa de pós-graduação, que visava apresentar novas formas de aprender Matemática. O estudo foi desenvolvido pelas coordenadoras da E.E. Paulo Virgínio, Shirley Rosane Aparecida Fernandes Monteiro, do Ensino Médio, e Katiúscia Toledo Setani, do Ensino Fundamental.
As profissionais envolveram os alunos em todas as etapas para que fossem os protagonistas das ações. Os alunos do Ensino Médio dão aula para os estudantes do Fundamental. E assim como Túlio, outros adolescentes são professores voluntários.
As aulas acontecem em um espaço especial, onde só entram membros do Clubinho. As prateleiras são recheadas de livros de Matemática e jogos. Espaço mesmo só para ideias. “A primeira fase são as aulas. Depois deste período, os alunos do Fundamental são estimulados a criar jogos que serão usados em oficinas com toda a escola”, explica Shirley.
As ações do Clubinho ultrapassam os muros da escola e chegam até a comunidade. Os estudantes do Fundamental são treinados para levar as atividades em bairros vizinhos. “Eles aprendem a compartilhar conhecimento”, diz a coordenadora Katiúscia que soma diversas visitas a escolas da zona rural e associações de bairro de Cunha.
Matemática descomplicada
Potência, matrizes, equações do 1º e 2º grau são jargões matemáticos que assustam os menos familiarizados. Mas no Clubinho a disciplina ganha novos significados por meio das atividades lúdicas. “Os alunos ficam estimulados. Aqui não temos aquela matemática chata, eles se divertem enquanto aprendem”, fala o monitor Túlio Coelho dos Reis.
A pequena Rafaela de Amorim Silva, aluna do Ensino Fundamental, é um desses exemplos. “Antes fazia as contas com bastante dificuldade. Depois que comecei a participar do Clubinho de Matemática melhorei bastante na escola”.
Da Secretaria da Educação do Estado de São Paulo
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