Ideias Gerais/Primeira Parte
Orientações para o Planejamento Escolar 2013
Decreto no. 57.141, de18/07/2011, institui um novo modelo de gestão para a rede estadual de ensino. O objetivo é corrigir distorções, fortalecer as estruturas regionais e desonerar as escolas de trabalho burocrático, para que as unidades possam concentrar seus esforços integralmente no processo de ensino e aprendizado. Tem como premissa básica a gestão para resultados com foco no desempenho dos alunos.
A CGEB entende que a escola de hoje é tão diversa, e tende cada vez mais a sê-lo, que pensar em todos os alunos como distintos pode ser mais representativo do que pensar que exista uma média, de um lado, e aqueles que se distanciam dela, de outro. Na verdade, a sociedade se tornou muito heterogênea, e a escola pública é reflexo disso. Saber lidar com essa realidade, considerando a heterogeneidade como uma riqueza, e não como um problema, é essencial para o sucesso no trabalho das escolas de hoje.
Programas/Diretoria de Ensino Região Osasco
Programa – Educação: Compromisso de São Paulo;
ETI;
Programa Nacional do Livro Didático e Programa Nacional Biblioteca da Escola – PNLD e PNBE;
Projeto Apoio ao Saber;
Projeto Leituras do Professor;
Projeto Acervo Sala de Leitura;
Acessa Escola;
Entre outros.
O PRODESC é uma iniciativa da SEE, que visa apoiar o trabalho docente na efetivação do Currículo oficial de São Paulo. O professor deve cadastrar seu Projeto Básico na plataforma da SEE, programa Prodesc, por meio do qual pode solicitar recursos materiais que serão utilizados no projeto que ele pretende implantar na escola. Dessa forma, seria possível solicitar materiais que poderão ser úteis mesmo depois de terminado o projeto. Mais informações sobre esses e outros projetos poderão ser obtidas com o Professor Coordenador do Núcleo Pedagógico.
A Avaliação da Aprendizagem em Processo visa proporcionar intervenções mais rápidas e pontuais, a tempo de melhorar o aprendizado do estudante no mesmo semestre letivo. Essa ação deverá interferir diretamente no aprimoramento da progressão continuada. A avaliação é voltada para estudantes dos 6º. e 7º. Anos do Ensino Fundamental e das 1º. e 2º. Séries do Ensino Médio regular, e testa os conhecimentos dos jovens em Português e Matemática. A aplicação é feita pelo professor da própria disciplina, no horário regular das aulas e em dias diferentes para língua portuguesa e matemática. Para alunos com deficiência visual são impressas provas em Braille ou com caracteres ampliados.
É importante que o professor, em seu papel de mediador, favoreça a motivação, abra caminhos, problematize, proponha experiências que permitam aos alunos, articular novos conhecimentos àqueles já conquistados anteriormente. Promover junto aos alunos, o hábito de refletir sobre o próprio processo de aprendizagem, analisando seus ritmos pessoais, avanços e dificuldades é um encaminhamento desejável, pois auxilia o professor em suas tomadas de decisão, respeitando a diversidade e as relações que se estabelecem no contexto ensino/aprendizagem.
Currículo Oficial
Anteriormente a qualquer discussão a respeito do planejamento, cabe aqui ressaltar algumas das características principais do Currículo Oficial do Estado, a saber: a escola aprendente, o currículo como espaço de cultura, as competências como referência, a prioridade para leitura e a escrita e a articulação das competências para aprender.
Como escola aprendente, entende-se que a escola é um espaço de formação, pois as interações entre os responsáveis pelo processo de ensino aprendizagem caracterizam-se em ações formadoras, ressaltando-se assim o papel da equipe gestora como responsável pela formação docente. Aos docentes, cabe a responsabilidade de discutir e refletir na problematização e na significação dos conhecimentos sobre sua prática, ou seja, o estabelecimento de uma transposição didática adequada aos seus objetivos de ensino.
Quando se fala no currículo como espaço de cultura, entende-se que o currículo é a expressão existente nas diversas nuances da cultura sejam elas científicas artísticas e humanistas, que sofrem transposições para culminar em determinada situação de aprendizagem, desta forma, pode-se afirmar que:
“Se não rompermos essa dissociação entre cultura e conhecimento não conectaremos o currículo à vida – e seguiremos alojando numa escola miríade* de atividades “culturais” que mais dispersam e confundem do que promovem aprendizagens curriculares relevantes para os alunos”.
*Miríade é um numeral de origem grega significando dez mil. A palavra em língua portuguesa provém do francês myriade, derivada do latim medieval myrias ǎdis e, este, do grego myriás - ádos[1]. Na língua portuguesa, além do significado original pode significar uma quantidade grande indefinida [2]. No sistema de numeração da Grécia Antiga, o maior número existente era a miríade de miríades, correspondente a cem milhões. Esta expressão é encontrada em certas traduções da Bíblia, como em "E olhei, e vi a voz de muitos anjos ao redor do trono e dos seres viventes e dos anciãos; e o número deles era miríades de miríades e milhares de milhares" (Apocalipse 5:11).[3]
Para a promoção de uma aprendizagem eficaz, consideramos que o currículo obrigatoriamente se volte à promoção de competências gerais visando à articulação entre as disciplinas e as atividades escolares almejando a qualidade do aprendizado do aluno ao longo de sua trajetória estudantil.
No documento oficial, encontra-se a seguinte afirmação:
“Pensar o currículo hoje é viver uma transição na qual, como em toda transição, traços do velho e do novo se mesclam nas práticas cotidianas. É comum que o professor, ao formular seu plano de trabalho, indique o que vai ensinar, e não o que o aluno vai aprender”.
A passagem da cultura do ensino para a aprendizagem não é um processo individual, a escola deve fazê-lo tendo a frente seus gestores, que devem capacitar o corpo docente em seu dia a dia, a fim de que todos se apropriem dessa mudança de foco.
Quanto à prioridade para competência da leitura e da escrita parte-se do ponto de vista que os atos de leitura e produção de textos ultrapassam os limites da escola, especialmente os da aprendizagem em língua materna, desta forma, são pré-requisitos para todas as disciplinas escolares consequentemente o currículo tem como eixo, o conjunto de competências e habilidades específicas de compreensão e de reflexão crítica intrinsecamente associado o trato com o texto escrito.
A Matemática nos currículos deve construir, em parceria com a língua materna, um recurso imprescindível para uma expressão rica, uma expressão abrangente, uma argumentação correta, um enfrentamento assertivo de situações-problema, uma contextualização significativa dos temas estudados.
Com relação à articulação das competências para aprender, pode-se dizer que o sujeito desta ação é o professor, pois apresenta e explica conteúdos, organiza situações para aprendizagem de conceitos, de métodos, de formas de agir e de pensar, portanto, promove conhecimentos que possam ser mobilizados em competências e habilidades.
PCNP: Lúcio Mauro Carnaúba
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