"Cons·ci·ên·ci·a, substantivo feminino: capacidade intelectual e emocional de considerar ou reconhecer a realidade interior e exterior. De acordo com a definição no dicionário, significa também a compreensão de determinado tema, em especial relacionado a questões sociais e políticas.
"No dia 20 de novembro é celebrado o Dia da Consciência Negra. Mas em uma sociedade composta por mais da metade da população autodeclarada negra e parda (56,10%), a presença nas escolas particulares, nos cargos de liderança, na política, nas telas e nos livros ainda é proporcionalmente incompatível com o número apresentado.
“A negação do racismo estrutural é um dos maiores desafios da nossa sociedade. Precisamos nos questionar em que lugar estamos vendo os corpos pretos, porque é essa presença ou ausência que vai normatizar essa relação. Ser racista vai muito além da manifestação de ódio”, diz Deh Bastos, fundadora do Criando Crianças Pretas, em debate nas redes sociais do Grupo Mulheres do Brasil.
O projeto, que foi ao ar em 2019, tinha como objetivo inicial compartilhar as experiências de Deh como comunicadora social, mulher preta e mãe. Mas com o passar do tempo, tornou-se uma referência de educação antirracista, sobretudo para famílias brancas. Segundo ela, o primeiro passo é entender o que é o racismo estrutural a partir da perspectiva histórica do povo negro.
“Crianças não nascem racistas, mas o racismo é um aprendizado social. Elas aprendem desde muito pequenas a reproduzir o que os adultos a sua volta falam e fazem. A falta de representatividade negra em posições hierarquicamente superiores faz com que seja mais difícil, tanto para pessoas brancas quanto para pessoas negras, enxergarem a si mesmos e ao outro”, acrescentou Deh durante a live."
...
"Deixa que Eu Conto"
"Bem-vinda(o) ao Deixa que Eu Conto, podcast diário do UNICEF para crianças e suas famílias, em tempos de coronavírus. Os programas estão sendo publicados no Spotify, no YouTube e nesta página.
Deixa que Eu Conto é voltado a meninas e meninos em idade de frequentar a pré-escola e em processo de alfabetização (anos iniciais do ensino fundamental). Os episódios são apresentados pelas contadoras de história Carol Levy e Kiara Terra, e outros realizadores, e trazem histórias, brincadeiras e atividades.
Fonte: https://www.unicef.org/brazil/deixa-que-eu-conto#afro
"
"Brincadeiras africanas para curtir com a criançada durante a quarentena"
A lista é uma forma de olhar para as crianças negras e instigá-las a outros olhares em relação aos seus ancestrais e ao continente africano. Antes da lista, também vale conferir o livro de brincadeiras africadas elaborado pela educadora Débora Alfaia da Cunha.
Confira as atividades:
Desenhando um baobá
O baobá é uma árvore africana com uma forma bem peculiar e aparece em várias lendas, contos e tradições africanas. Enquanto aprendem a desenhar o formato da árvore, as crianças podem ouvir histórias sobre ela.
Jogo da memória
A África é dividida em mais de 50 países. Escreva os nomes deles e suas capitais em pedacinhos de cartolina. Ganha o jogo quem juntar mais países e capitais.
Teatro de lanterna
Apague todas as luzes e use uma lanterna para projetar as sombras das mãos em uma parede. Crie personagens e cada um precisa inventar suas falas dentro do enredo proposto para a história.
Dança no ritmo do outro
A ideia é criar uma dança coletiva com sons e passos. A primeira pessoa bate palmas e faz um movimento, a segunda repete e cria mais um, assim por diante. Quando voltar para quem começou a brincadeira, o desafio continua e vai ficando mais difícil.
Jogo da Jibóia (de Gana)
Desenhe um quadrado no chão. Um participante entra no quadrado e o outros andam em volta do quadrado. Quem está dentro tenta tocar os outros. Quem for tocado entra também e ajuda a capturar os outros. O último é o vencedor.
Mbube: Chamar o leão
Dois participantes ficam vendados e vão representar o leão e a presa. Ambos ficam dentro de uma área limitada e devem se mover devagar. Quando o leão estiver perto da presa todos devem falar “Mbube, mbube” mais alto. Se ele estiver longe os demais participantes falam baixinho “Mbube, mbube”. Assim o som das pessoas vai guiando tanto o leão quanto a presa.
Jogo dos feijões
Separe um saquinho de pano e distribua três feijões para cada participante. Cada um separa e coloca um pouco dos seus feijões no saco. Um participante precisa adivinhar quantos feijões os outros colocaram no saco. A cada acerto ele tira um dos seus feijões do jogo. Quem acertar três vezes ganha.
Terra e mar
Faça uma linha no chão ou use uma corda. De um lado é a terra e do outro o mar. Quando o líder gritar terra, todos pulam para o lado da terra. Quando gritar mar, o pessoal pula para o mar. Sai da brincadeira quem errar.
Pilha de sapatos
Todos sentam em círculo e um por vez vai equilibrando um pé de sapato ou chinelo na pilha. Não pode deixar a pilha cair.
Máscara Africana com papelão
As máscaras africanas são elementos culturais de extrema importância para os diversos povos que integram a África, sobretudo para os países da região subsaariana, localizada ao sul do deserto do Saara. São muitos os tipos, significados, usos e materiais que compõem essas peças, sendo que um mesmo povo pode ter várias máscaras diferentes. Depois de pesquisar sobre o assunto na internet, as crianças pode fazer suas máscaras com papelão, papel sulfite, tinta guache, giz de cera, tesoura, cola e elástico.
Labirinto de Moçambique
Com um giz, desenha-se um labirinto no chão e as crianças devem começar na extremidade externa do desenho (elas podem ficar em pé ou usar uma pedra para representar cada jogador). Para avançar pelo caminho, os jogadores tiram par ou ímpar e o vencedor de cada rodada avança para a posição seguinte. Isso se repete várias vezes e quem chegar ao final primeiro ganha a partida.
Matakuza
Desenhe um círculo de 15 cm de diâmetro em um papel e recorte. Coloque o círculo do chão e encha ele de tampinhas de garrafa pet. Cada participante fica com uma outra tampinha na mão que deve ser arremessada para o alto, enquanto o mesmo participante tenta tirar uma ou mais tampinhas do círculo e cada uma vale um ponto. A tampinha atirada para o alto deve ser apanhada pelo participante ainda no ar. Se ela cair, não valem os pontos.
Abayomi
São pequenas bonecas feitas com retalhos de panos, barbantes e pedacinhos de barbantes. As bonecas fazem parte da tradição iorubá. Precisa de cola e tesoura. Na internet é possível encontrar vários vídeos com o passo-a-passo.
Chocalho
Separe um potinho de plástico pequeno, coloque um pouco de milho e pedrinhas. Teste para ver se o som está bom. Tampe a abertura do potinho e decore com desenhos africanos e adereços. Se for usar cola quente, peça ajuda de um adulto."
Apoie jornalismo preto e livre! "O funcionamento da nossa redação e a produção de conteúdos dependem do apoio de pessoas que acreditam no nosso trabalho. Boa parte da nossa renda é da arrecadação mensal de financiamento coletivo e de outras ações com apoiadores. Todo o dinheiro que entra é importante e nos ajuda a manter o pagamento da equipe e dos colaboradores em dia, a financiar os deslocamentos para as coberturas, a adquirir novos equipamentos e a sonhar com projetos maiores para um trabalho cada vez melhor. O resultado final é um jornalismo preto, livre e de qualidade." |
Nenhum comentário:
Postar um comentário