Muito tem se falado sobre as tendências da educação brasileira e entre elas estão as competências socioemocionais, apontadas como fator importante para os alunos desenvolverem habilidades essenciais para a vida, que vão além das acadêmicas.
Por isso, é importante planejar como implementá-las na escola. Confira 5 dicas para atingir esse objetivo:
1. Recepção atenciosa dos estudantes no início da aula
Mesmo que seja apenas uma recepção calorosa individual para cada criança, fazer esse contato visual e conexão face a face e chamar os alunos pelo nome os ajuda a perceber que eles são conhecidos e vistos pelos que estão ao seu redor.
Essa percepção cria uma cultura de gentileza e apoio, ao mesmo tempo em que lembra aos alunos que as pessoas estão prestando atenção neles, o que desestimular maus comportamentos, por exemplo.
2. Estímulo ao trabalho em grupo
Dê aos alunos muitas oportunidades de trabalhar com os seus colega de turma. Trabalhar com um parceiro ajuda as crianças a aprenderem a cooperar em sua sala de aula.
Alterne entre atribuir estrategicamente parcerias e permitir que as crianças façam suas próprias escolhas.
Essa é uma ótima forma de ensiná-las a trabalhar em grupo, uma habilidade importantíssima hoje em dia.
Os alunos aprenderão como negociar com os outros, desenvolver habilidades de liderança e descobrir suas próprias forças para que possam contribuir melhor para o grupo.
3. Incentivo positivo
As salas de aula podem instituir boas oportunidades para o desenvolvimento das competências socioemocionais na escola por meio de incentivos positivos.
Para isso, o professor pode incentivar seus alunos a preencher diariamente uma caixa com palavras gentis.
Nela, as crianças podem escrever mensagens de bondade, apreciação e amor nos cartões durante a semana para encher o balde.
No final de cada semana, é recomendado separar alguns minutos na segunda-feira, por exemplo, para compartilhar essas mensagens de encorajamento para começar a semana positivamente.
4. Foque no processo
Ao estimular a resolução de problemas, inovação e pensamento crítico, em vez de apenas buscar a resposta certa, os professores ajudam os alunos a entender que o processo é tão importante quanto – se não mais que – o resultado.
É uma mensagem pouco enfatizada nas salas de aula hoje, onde muitas vezes pode haver excesso de foco nos resultados dos testes padronizados.
É importante também ensinar os alunos a monitorar o seu próprio progresso.
Faça com que os objetivos pessoais (acadêmicos, emocionais, sociais etc) sejam uma atividade regular com seus alunos.
Isso fortalecerá suas habilidades intrapessoais e lhes dará a propriedade de sua própria aprendizagem.
Ajude-os a desenvolver o hábito de revisitar e ajustar suas metas com frequência para monitorar tal progresso.
Eles podem refletir sobre questões como: “Estou atingindo meus objetivos? O que eu preciso para trabalhar em seguida? Como eu quero crescer?”.
5. Explore atividades socioemocionais
Aposte em materiais que estimulem o desenvolvimento das competências socioemocionais na escola.
Uma dica é planejar um espaço para a escrita reflexiva. Dê tempo ao aluno para fazer um diário, por exemplo. Coloque uma música tranquila e deixe o ambiente mais acolhedor para tal atividade.
Faça com que a hora da escrita seja uma pausa tranquila e essa se tornará uma das atividades que seus alunos aguardarão ansiosamente.
Encoraje também a expressão através da arte.
Às vezes, os alunos pensam e sentem coisas que não conseguem expressar em palavras. A arte é uma ótima ferramenta para permitir que eles explorem tais sentimentos de forma não-verbal.
Peça para eles esboçarem seus pensamentos e sentimentos como quiserem – por meio de desenhos, por exemplo.
Conclusão
Por ser uma discussão relativamente nova no cenário educacional, é comum que os educadores ainda tenham várias dúvidas sobre as competências socioemocionais.
Com o advento da Base Nacional Curricular Comum (BNCC), a educação socioemocional tornou-se necessária no currículo escolar.
Por isso, é importante que as instituições escolares levem em conta esse tema no seu planejamento pedagógico.
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