Orientação:
9º C
19/10/2020
Professora:
Rita Lemos
Geografia:
caderno do aluno volume 3 página 27.
Atividade 5-
Economia e desenvolvimento cientifico e tecnológico: leia os textos, do caderno do aluno e jornal da USP,
para responder as questões.
Ciência e
tecnologia para o desenvolvimento de um país Sylvio Ferraz Mello é físico, professor
emérito e ex-diretor do Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências
Atmosféricas da USP
Contam que Michael Faraday, grande
experimentalista do século XIX, descobridor da indução eletromagnética,
princípio em que se baseiam os transformadores e geradores elétricos, recebeu
em seu laboratório a visita da rainha Victória. Depois de acompanhar várias
demonstrações dos fenômenos descobertos por Faraday, a rainha lhe perguntou se
aquelas descobertas tinham alguma utilidade. Faraday teria respondido ‘Ainda
não sei. Mas dia virá em que Vossa Majestade cobrará impostos sobre elas’. Essa
pequena história, e suas várias versões, é um dos mais populares fake news
sobre o desenvolvimento da ciência no século XIX. Mas como diz um célebre
ditado italiano, “si non è vero, è bene trovato”.
A história das aplicações da
ciência básica desde a Antiguidade é repleta de descobertas feitas por
cientistas movidos apenas pela sua curiosidade, que mudaram a história da
humanidade. Para ilustrar com exemplos atuais, é só lembrar que sem a abstrata
e quase onírica teoria da relatividade de Einstein, o GPS, que hoje guia os passos
de uma fração importante da humanidade, não poderia existir. E a grande maioria
dos produtos eletrônicos só existem graças aos conhecimentos da Física Atômica
e das teorias quânticas do século XX.
De repente,
alguns iluminados passaram a fazer campanha contra as vacinas, utilizando à
larga os meios modernos de comunicação.
Eles também sabem que, se for preciso,
poderão um dia ter algum de seus órgãos substituído por órgãos artificiais
produzidos com os novos materiais descobertos pela ciência, às vezes melhores
que os órgãos originais de nascença. Os questionamentos mais importantes vêm de
“intelectuais”. São oposições incompreensíveis. Em algumas esferas
intelectualizadas, às vezes parece que a coisa mais importante é ser diferente
dos outros. Não existe nenhum mal em se adotarem dietas exóticas. Há mesmo
cientistas que se dedicam a aperfeiçoá-las. Mas dietas exóticas não resolvem o
problema de alimentar 7,5 bilhões de pessoas.
Para alimentar a humanidade, são
necessárias tecnologias modernas que permitam a produção de alimentos em
grandes quantidades. Cabe decidir o que é mais importante: alimentar o maior
número possível de pessoas ou seguir as regras estritas preconizadas por uma
casta intelectualizada. É papel da ciência fornecer meios para que a produção
de alimentos possa aumentar, para que os alimentos produzidos sejam da melhor
qualidade, e que os modos de produção sejam menos agressivos à natureza.
Essa é a meta, mas enquanto isso é
preciso ter em mente que os 7,5 bilhões de humanos precisam comer todos os dias
e que é preciso produzir os alimentos de que necessitam. E de maneira
abundante, porque as regiões mais pobres são dominadas por políticos e vão
continuar com fome mesmo que os alimentos existam. Cabe à ciência aprimorar
ainda mais as tecnologias de produção para que a fome possa ser erradicada.
A atualidade da questão colocada neste
artigo pode ser sentida na atual crise das vacinas. De repente, alguns
iluminados passaram a fazer campanha contra as vacinas, utilizando à larga os
meios modernos de comunicação. Uma campanha que foi silenciosa, mas bem
sucedida. O resultado foi o que se viu. Doenças já largamente erradicadas, como
o sarampo, voltaram a matar pessoas! E o fantasma do retorno da poliomielite
atemoriza os profissionais da saúde. Em ambos os casos a medicina dispõe de
vacinas modernas e de comprovada eficiência e as mortes verificadas ocorrem por
culpa daqueles que irresponsavelmente difundem inverdades para a população.
Ao finalizar, por gentileza, enviar fotos da atividade no WhatsApp privado.
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