DICAS PARA REDUZIR COMPORTAMENTOS PROBLEMÁTICOS DO AUTISTA EM CASA
O autista é uma pessoa que merece uma atenção maior em relação às demais. Sempre é bom salientarmos que ela enxerga e lida com o mundo de uma maneira peculiar, mas o que não a impede de uma relação de harmonia nos ambientes em que vive.
Muitos pais e responsáveis enviam seus depoimentos cujos relatos falam em comportamentos agitados e até algumas crises. Obviamente que como cada um apresenta característica específica, generalizar é sempre um erro. Então, o aconselhável é saber identificar os momentos que provocam esses quadros nos autistas e promover métodos que diminuam as crises.
Por que isso acontece?
As chamadas birras, aquelas mesmas feitas por crianças ao redor do mundo, também protagonizam a vida de muitos autistas. A diferença está em um detalhe crucial. No caso do autismo, tais comportamentos são identificados como uma maneira do pequeno ou adolescente não conseguir direcionar algum descontentamento através da fala, para citar apenas um exemplo. Então a maneira mais fácil encontrada por eles pode ser o berro e o choro.
O que os tiram realmente do sério é o fato de a hipersensibilidade ser algo constante. É comum que um autista sinta essa sensibilidade excessiva com alguma cor, cheiro, barulho, gosto, toque; qualquer estímulo aos principais sentidos do corpo, mas aumentado consideravelmente para eles.
O que fazer então para reduzir os comportamentos problemáticos do autista?
– Identificar a causa de tal comportamento: saber o que tira a criança ou adolescente do sério é o passo inicial.
– Estabeleça uma maneira de o autista se expressar, principalmente aquilo que o incomoda: como cada um tem um comportamento específico, procure ensiná-lo como ele pode demonstrar alguma insatisfação. Seja por gestos ou até pela fala. Se conseguir induzi-lo à segunda opção, será muito bom.
– Perceba o que a criança está tentando demonstrar: um semblante mais retraído pode ser sinal de incômodo. Pergunte a ela se está tudo bem, o que ela que quer, se alguém está prejudicando-a. Importante salientar que autistas não costumam mentir e são bastante claras quando algo está ruim.
– Ensine ao autista como se expressar pela fala: o exercício de demonstrar alguma irritação pode ser feita por meio de frases prontas, como: “não estou me sentindo bem”, “estou incomodado”, “você poderia parar com isso, por favor?”. A princípio, este método é eficaz, mas é aconselhável que se estimule a fala espontânea ao autista.
– Faça do ambiente doméstico o melhor para a criança: o lar deve oferecer todas as condições para que o autista sinta conforto e comodidade.
Com quem procurar ajuda?
As intervenções que visam ao tratamento do autismo devem ser feitos por profissionais de área multidisciplinar. Tanto o neuropediatra quanto o psicomotricista e o terapeuta ocupacional são alguns dos vários especialistas que auxiliam uma pessoa autista no alcance a uma qualidade de vida ideal.
Dica importante
Nunca é demais lembrar que a persistência de um comportamento mais agitado da criança/adolescente jamais deve ser corrigida com atitudes extremas. O segredo é ter muita paciência, carinho e amor para ajudar o autista.
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