quinta-feira, 28 de maio de 2020

Atenção alunos do Professor Wilton!!! Página Atualizada com Atividades - E.E. "Professor Orlando Geríbola"


Atividade 1 - Língua Portuguesa
Ensino Fundamental – 8° Ano A e B - Prof. Wilton
Atividade 1 - Língua Portuguesa

Texto 1

Belém do Pará

Bembelelém!
Viva Belém!
Belém do Pará porto moderno integrado na equatorial
Beleza eterna da paisagem
Bembelelém!
Viva Belém!
Cidade pomar
(Obrigou a polícia a classificar um tipo novo de delinquente:
O apedrejador de mangueiras)
Bembelelém!
Viva Belém!
Belém do Pará onde as avenidas se chamam Estradas:
Estrada de São Jerônimo
Estrada de Nazaré (...)

BANDEIRA, Manuel.Os melhores poemas de Manuel Bandeira. Seleção Francisco de Assis Barbosa. São Paulo: Global. 1984. p.7 8.
1. As palavras “Bembelelém, Belém”, com repetição de sons semelhantes sugerem
(A) brincadeira com palavras.
(B) evocação do repicar de sinos.
(C) homenagem a Belém do Pará.
(D) leveza da estrutura do poema.

Texto 2

Sumiço

Desesperado, o chefe olha para o relógio, e já não acreditando que um funcionário chegaria a tempo
de fornecer uma informação importantíssima para uma reunião, liga para o tal:
— Alô! – atende uma voz de criança, quase sussurrando.
— Alô. Seu papai está?
— Tá... – ainda sussurrando.
— Posso falar com ele?
— Não. – disse a criança bem baixinho.
Meio sem graça, o chefe tenta falar com algum outro adulto:
— E a sua mamãe? Está aí?
— Tá.
— Ela pode falar comigo?
— Não. Ela tá ocupada.
— Tem mais alguém aí?
— Tem... – sussurra.
— Quem?
— O ―puliça.
Um pouco surpreso, o chefe continua:
— O que ele está fazendo aí?
— Ele tá conversando com o papai, com a mamãe e com o ―bombelo...
Ouvindo um grande barulho do outro lado da linha, o chefe pergunta assustado:
— Que barulho é esse?
— É o ―licópito.
— Um helicóptero?
— É. Ele ―tlosse uma equipe de busca.
— Minha nossa! O que está acontecendo aí? – o chefe pergunta, já desesperado.
E a voz sussurra com um risinho safado:
— Eles tão me ―puculando.
Fonte:http://criancas.uol.com.br/piadas/piadas_criancas.jhtm. Acesso em 05//08/2007.

2. Nesse texto, a palavra “sussurrando” indica que o menino falava
(A) agitado.
(B) assustado
(C) baixo.
(D) sério.
3. Na frase “Tem mais alguém aí?”, o verbo empregado representa uma marca de
(A) registro oral formal.
(B) registro oral informal.
(C) falar regional.
(D) falar caipira.

Texto 3

Pedro, o Homem da Flor...
(Stanislaw Ponte Preta)

Quando anoitece, Pedro pega a sua clássica cestinha, enche de flores, cujas hastes teve o cuidado de enrolar em papel prateado, e sai do barraco rumo à Copacabana, onde fica até alta madrugada, entrando nos bares - em todos os bares, porque Pedro conhece todos - vendendo rosas.
Quando a cesta fica vazia, Pedro conta a féria e vai comer qualquer coisa no botequim mais próximo. Depois volta para casa como qualquer funcionário público que tivesse cumprido zelosamente sua tarefa, na repartição a que serve.
Conversei uma vez com Pedro - o homem da flor. Já o vinha observando quando era o caso de estar num bar em que ele entrava. Vira-o chegar e dirigir-se às mesas em que havia um casal. Pedia licença e estendia a cesta sobre a mesa. Psicologia aplicada, dirão vocês, pois qual homem que se nega a oferecer flor à moça que o acompanha, quando se lhe apresenta a oportunidade? Sim, talvez Pedro seja um bom psicólogo mas, mais que isso, é um romântico. Quando o homem mete a mão no bolso e pergunta quanto custa a flor, depois de ofertá-la à companheira, Pedro responde com um sorriso:
-Dá o que o senhor quiser, moço. Flor não tem preço.
Como eu ia dizendo, conversei uma vez com Pedro e, desse dia em diante, temos conversado muitas vezes. Ele sabe de coisas. Sabe, por exemplo, que a rosa branca encanta as mulheres morenas, enquanto as louras, invariavelmente, preferem rosas vermelhas. Fiel às suas observações, é incapaz de oferecer rosas brancas às mulheres louras, ou vice versa. Se entra num bar e as flores de sua cesta são todas de uma só cor, não coincidindo com o gosto comum às mulheres presentes, nem chega a oferecer sua mercadoria. Vira as costas e sai em demanda de outro bar, onde estejam mulheres louras, ou morenas, se for o caso.
O pequeno buquê de violetas - quando as há - é carinhosamente arrumado pelas suas mãos grossas de operário, assim como também as hastes prateadas das rosas. Saibam todos os que se fizeram fregueses de Pedro - o homem da flor - que aquele papel prateado artisticamente preso na haste das rosas e que tanto encantava as moças foi antes um comum papel de maços de cigarros vazios, que o próprio Pedro recolheu por aí, nas suas andanças pela madrugada.
Sei que Pedro ama sua profissão, tira dela o seu sustento, mas acima de tudo esforça-se por dignificá-la. Não vê que seria um mero mercador de flores!
Lembro-me da vez em que, entrando pelo escuro do bar, trouxe nas mãos a última rosa branca para a moça morena que bebia calada entre dois homens. Quando os três
levantaram a cabeça ante a sua presença, pudemos notar - eu, ele e as demais pessoas presentes - que a moça era linda, de uma beleza comovente, suave, mas impressionante.
Pedro estendeu-lhe a rosa sem dizer uma palavra e, quando um dos rapazes quis pagar lhe, respondeu que absolutamente era nada. Dava-se por muito feliz por ter tido a oportunidade de oferecer aquela flor à moça que lá estava. E sem ousar olhar novamente pra ela, e disse:
- Mais flores eu daria se mais flores eu tivesse!
Assim é Pedro - o homem da flor.
Discreto, sorridente e amável, mesmo na sua pobreza. Vende flores quase sempre e oferece flores quando se emociona. Foi o que aconteceu na noite em que, mal chegado à Copacabana, viu o povo que rodeava o corpo do homem morto, vítima de um mal súbito. Só depois que soube que Pedro o conhecia do tempo em que era porteiro de um bar no Lido. Na hora não. Na hora ninguém compreendeu, embora todos se comovessem com seu gesto, ali abaixado a colocar todas as suas flores sobre as mãos do homem morto. Pois foi o que Pedro fez, voltando em seguida para a sua favela do Esqueleto.
Naquela noite, não trabalhou.

Fonte: http://saresp.fde.sp.gov.br/2005/Arquivos/Provas_EF_2005/8%C2%B0s%C3%A9rie%20EF%20tarde.pdf

4. A personagem Pedro vendia flores em
(A) bares de Copacabana.
(B) favelas no Esqueleto.
(C) portarias no Lido.
(D) repartições públicas



5. No segundo parágrafo, o narrador relata o sucesso da venda de flores quando Pedro
(A) enrola as hastes em papel prateado.
(B) enrola as hastes das flores e sai.
(C) entra nos bares e fica até de madrugada na rua.
(D) conta o dinheiro e vai comer

6. O fato que origina a crônica é a observação do narrador sobre
(A) o comportamento do vendedor.
(B) a disposição das mesas do bar.
(C) o mistério das mulheres.
D) a organização das flores no cesto

7. O narrador apresenta a fala do personagem na seguinte passagem:
(A) “Conversei uma vez com Pedro – o homem da flor”.
(B) “Sim, talvez seja um bom psicólogo”.
(C) “ Mais flores daria se mais flores tivesse”.
D) “Assim é Pedro – o homem da flor”.

8. O narrador conta a trajetória profissional de seu personagem com
(A) hostilidade e arrogância.
(B) tristeza e arrependimento.
(C) espanto e simpatia.
(D) ironia e desprezo

9. Do trecho “Naquela noite não trabalhou”, pode-se deduzir que a personagem
(A) deixara todas as suas flores no chão.
(B) era uma pessoa cheia de amargura
(C) estava cansado de vender flores
(D) ficara triste com a morte do colega.

Nenhum comentário:

Postar um comentário