domingo, 24 de março de 2019

Eles me representam como Professores. Parabéns!

Professor do Quênia vence Nobel da Educação 2019


A brasileira Débora Garofalo ficou entre os dez finalistas ao Global Teacher Prize

POR:

NOVA ESCOLA


O professor queniano Peter Tabichi venceu o Global Teacher Prize 2019  Foto: Divulgação

O professor queniano Peter Tabichi é o vencedor do Global Teacher Prize, conhecido como o "Nobel da Educação". O anúncio foi feito neste domingo (24/03) em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, e ele vai receber o prêmio de US$ 1 milhão. O Global Teacher Prize (“Prêmio Professor Global”, em tradução literal) reconhece os professores que realizaram as maiores contribuições à sua profissão e promove a troca de ideias entre educadores do mundo inteiro. 
Peter dá aulas em uma escola de Ensino Médio que fica no Vale do Rift, no Quênia, onde estudantes de diversas culturas e religiões enfrentam dificuldades como fome, drogas, gravidez na adolescência para continuar estudando. O professor fundou um grupo de formação de talentos e expandiu o Clube de Ciências. O resultado é que 60% deles são qualificados para competições nacionais. Os alunos da escola já ganharam vários prêmios, entre eles o da Royal Society of Chemistry após aproveitar as plantas locais para gerar eletricidade.

A professora Débora Garofalo na sala de informática da EMEF Ary Parreiras, onde promoveu uma transformação com o projeto robótica com sucata   Crédito: Varkey Foundation/Divulgação

A professora brasileira Débora Garofalo ficou entre os dez finalistas do prêmio com seu projeto "Robótica com sucata promovendo a sustentabilidade", que levou conhecimento em tecnologia para a sala de aula de uma escola pública em São Paulo, como também ajudou a conscientizar uma comunidade a recolher mais de uma toneladas de lixo das ruas e reciclar o que era possível usar na escola e descartar adequadamente o resto. Ela é professora de tecnologias da Escola Municipal do Ensino Fundamental Ary Parreiras, na zona sul de São Paulo, que fica cercada por quatro comunidades de baixa renda. Esta é a primeira vez que uma mulher brasileira é finalista do Teacher Prize.
Veja a seguir o vídeo com o projeto da professora Débora:
Formada em Letras e Pedagogia, Débora é mestranda em Educação pela Pontifícia Universidade Católica (PUC-SP). Ela divide seus dias entre a sala de aula e o compartilhamento de práticas de tecnologia em sua coluna no site de NOVA ESCOLA e na rede Conectando Saberes.
Como finalista da edição deste ano do Global Teacher Prize, Débora passa a integrar o programa de embaixadores da Varkey Foundation. Por meio dessa iniciativa, ela poderá compartilhar a experiência de sua escola com outros educadores ao redor do mundo, além de incentivar crianças a olharem a educação como possível área de atuação profissional.
Na edição de 2018, a vencedora foi a professora britânica Andria Zafirakou, que leciona na Alperton Community School, escola de ensino médio no distrito de Brent, em Londres (Inglaterra), um dos lugares mais etnicamente diversos do Reino Unido. Em sua escola são faladas 35 línguas. Seus alunos vêm de famílias pobres e expostas à violência de gangues locais.Ao aprender conceitos básicos de muitas das 35 línguas usadas pelos alunos de Alperton, Andria conseguiu se aproximar deles e estabelecer relações com seus pais. Graças aos seus esforços, a escola está hoje entre as melhores da Inglaterra.
A cerimônia de entrega do troféu faz parte do encerramento do Global Education & Skills Forum, evento que reúne pesquisadores, professores e líderes internacionais em palestras e debates.  

O professor Jayse Antonio da Ferreira, professor de Arte no município de Itambé, em Pernambuco  Crédito: Acervo pessoal

Brasil bem representado

Além de Débora Garofalo, na edição 2019 do prêmio outro brasileiro circulou entre os 50 finalistas: Jayse Antonio da Ferreira, professor de Arte na EREM Frei Orlando, em Itambé (PE). Formado em Educação Artística pela Universidade Federal da Paraíba (UFPB), Jayse Antonio foi indicado do Teacher Prize por dois projetos: “Eu sou uma obra de Arte: etnias do Mundo” e “Vamos enCURTAr essa história?”. O primeiro explorou a diversidade étnica e o preconceito dos próprios alunos em se identificarem como negros ou pardos. Como resultado, a aceitação da turma sobre sua origem cresceu muito e o bullying diminuiu. Clicando aqui, você pode conhecer mais sobre o projeto de Jayse.
Nos últimos dois anos anos, o Brasil também esteve representado na premiação com os educadores Diego Mahfouz Faria Lima (São José do Rio Preto/SP), Rubens Ferronato (São Paulo/SP), Wemerson Nogueira (Boa Esperança/ES) e Valter Menezes (Santo Antônio do Rio Tracajá/AM).

Nenhum comentário:

Postar um comentário