A poesia é a arte da linguagem humana, do gênero lírico, que expressa sentimento através do ritmo e da palavra cantada. Seus fins estéticos transformaram a forma usual da fala em recursos formais, através das rimas cadenciadas.
As poesias fazem adoração a alguém ou a algo, mas pode ser contextualizada dentro do gênero satírico também.
Existem três tipos de poesias: as existenciais, que retratam as experiências de vida, a morte, as angústias, a velhice e a solidão; as líricas, que trazem as emoções do autor; e a social, trazendo como temática principal as questões sociais e políticas.
A poesia ganhou um dia específico, sendo este criado em homenagem ao poeta brasileiro Antônio Frederico de Castro Alves (1847-1871), no dia de seu nascimento, 14 de março.
Castro Alves ficou conhecido como o “poeta dos escravos”, pois lutou grandemente pela abolição da escravidão. Além disso, era um grande defensor do sistema republicano de governo, onde o povo elege seu presidente através do voto direto e secreto.
Sua indignação quanto ao preconceito racial ficou registrada na poesia “Navio Negreiro”, chegando a fazer um protesto contra a situação em que viviam os negros. Mas seu primeiro poema que retratava a escravidão foi “A Canção do Africano”, publicado em A Primavera.
Cursou direito na faculdade do Recife e teve grande participação na vida política da Faculdade, nas sociedades estudantis, onde desde cedo recebera calorosas saudações.
Castro Alves era um jovem bonito, esbelto, de pele clara, com uma voz marcante e forte. Sua beleza o fez conquistar a admiração dos homens, mas principalmente as paixões das mulheres, que puderam ser registradas em seus versos, considerados mais tarde, como os poemas líricos mais lindos do Brasil.
Por Jussara de Barros
Graduada em Pedagogia
Equipe Brasil Escola
Poesia e a Matemática:
Poesia - Aula de Matemática (Antonio Carlos Jobim e Marino Pinto, 1958)
Poesia - Na Aula de Matemática (Prof. Chico Nery, 12/09/1984)
Poesia - Beleza Matemática (Prof. Vanderley Cornatione, 23/01/2012)
Poesia - Matemática Além dos Números (Prof. Vanderley Cornatione, 09/12/2013)
AULA DE MATEMÁTICA
(Antonio Carlos Jobim & Marino Pinto, 1958)
Pra que dividir sem raciocinar
Na vida é sempre bom multiplicar
E por A mais B
Eu quero demonstrar
Que gosto imensamente de você
Na vida é sempre bom multiplicar
E por A mais B
Eu quero demonstrar
Que gosto imensamente de você
Por uma fração infinitesimal,
Você criou um caso de cálculo integral
E para resolver este problema
Eu tenho um teorema banal
Você criou um caso de cálculo integral
E para resolver este problema
Eu tenho um teorema banal
Quando dois meios se encontram desaparece a fração
E se achamos a unidade
Está resolvida a questão
Está resolvida a questão
Prá finalizar, vamos recordar
Que menos por menos dá mais amor
Se vão as paralelas
Ao infinito se encontrar
Por que demoram tanto os corações a se integrar?
Se infinitamente, incomensuravelmente,
Que menos por menos dá mais amor
Se vão as paralelas
Ao infinito se encontrar
Por que demoram tanto os corações a se integrar?
Se infinitamente, incomensuravelmente,
Eu estou perdidamente apaixonado por você.
NA AULA DE MATEMÁTICA
(Prof. Chico Nery, 12/09/1984)
Quando olhas para mim...
Os números racionais ficam irracionais,
Os reais, imaginários
E os complexos ficam reflexos.
Quando olhas para mim...
O triângulo fica móvel,
O círculo, quadrado
E o quadrado fica reverso.
Quando olhas para mim...
Os conjuntos ficam sem elementos,
Os subconjuntos, maiores que os conjuntos
E o vazio desaparece.
Quando olhas para mim...
Os múltiplos ficam primos,
Os primos, irmãos
E todos os números ficam divisíveis.
Quando olhas para mim...
Os deltas ficam negativos,
As equações, sem raízes
E as funções sem domínio.
Quando olhas para mim...
As derivadas ficam sem limite,
Os gráficos, sem inflexão
E as tangentes nem se tocam.
Quando olhas para mim...
Os poliedros ficam sem faces,
O côncavo vira convexo
E o Teorema de Euler fica sem nexo.
Quando olhas para mim...
O sistema fica impossível,
A matriz, redonda
E o determinante se anula.
Quando olhas para mim...
O sinal fica sem som,
A aula sem professor
E o aluno bate com o dedo no meu ombro:
- Mestre, a aula acabou.
“Um matemático que não é também um pouco poeta nunca será um matemático completo.” (Karl Weierstrass)
Minha poesia sobre a beleza matemática de uma linda mulher...
BELEZA MATEMÁTICA
(Prof. Vanderley – 23/01/2012)
Vejo em você a beleza da matemática,
A beleza matemática da natureza,
Da simplicidade de um ser humano.
Infinita beleza, perfeita simetria.
Ser humano especial, de beleza incomparável.
Gigantesca humildade, simplicidade, ternura,
Carisma, simpatia, delicadeza.
Olhar tímido e sedutor,
Sorriso de menina,
Encantadora mulher.
Probabilidade quase nula,
Encontrar a mulher mais bela.
Sonho que surgiu do vazio, do nada,
Que me faz um adolescente pensando na amada.
Duas retas paralelas.
Assim como elas estarei sempre ao seu lado.
Te acompanhando eternamente,
Rumo ao infinito.
Tenho por você
Imenso respeito,
Carinho, admiração,
Que jamais senti por nenhuma outra mulher.
Te esquecer...
Ao lado de n mulheres, tentei.
Foi em vão.
Não consegui.
Impossível resolver esta equação.
Meu sonho...
Ter você ao meu lado,
Como amiga, mulher,
Amante, companheira.
Te fazer feliz,
Assim como me sinto feliz
Quando você está ao meu lado.
Como duas retas concorrentes,
Um dia, com certeza,
Num ponto em comum de nossas vidas,
Iremos nos encontrar.
Mulher da minha vida.
Te desejo,
Te espero.
Impossível encontrar número infinitamente grande
Que consiga expressar a sua beleza.
Linda mulher!
MATEMÁTICA ALÉM DOS NÚMEROS
(Prof. Vanderley – 09/12/2013)
Matemática é linguagem,
Matemática é ciência,
Matemática é arte,
Matemática é vida.
Matemática da natureza,
Matemática além dos números e operações,
Matemática das formas e espaço,
Matemática das grandezas e medidas,
Matemática do tratamento de informações.
Matemática da escola, do trabalho, do botequim,
De todo lugar e momento.
Sempre a resolver os problemas da humanidade,
Dar respostas e sentido às nossas vidas.
Matemática com abordagem histórica e significativa.
Matemática dos brancos, índios, negros, asiáticos,
Matemática de todas as raças, cores e etnias.
Matemática do cotidiano,
Que compara, classifica, quantifica, mede, explica.
Matemática de linguagem universal.
Minha, sua e de todas as culturas,
Matemática eterna e de todas as gerações.
Matemática que nos desenvolve raciocínio lógico,
Matemática que nos desenvolve o cálculo mental.
Matemática das técnicas de resolução de problemas,
Matemática que nos faz refletir e pensar no abstrato.
Obrigado por nos ajudar a compreender e mudar para melhor nossas vidas,
Obrigado por ajudar a mudar para melhor o mundo em que vivemos!
Reportagem da SEE – Dia Nacional da Poesia (14 de março)
14/03/12
Talentos da Rede Estadual se expressam no Dia Nacional da Poesia
Iniciativas culturais e de incentivo à leitura nas escolas da rede estadual de São Paulo estimulam talento de alunos e professores, como o poeta e aluno do Ensino Médio, Luiz Brener
. . . Mas não é só do talento de alunos que a poesia se faz viva na Rede Estadual. Um ótimo exemplo é o do professor Vanderley Aparecido, que mantém um blog com diversas obras literárias. O que torna seu hobbie único, é que ele leciona matemática, e usa a disciplina em seus textos. “Essa relação que tenho com os números me serviu de inspiração para escrever o que sinto, o que penso, o que desejo; com um vocabulário matemático simples, de fácil entendimento para todos, sejam matemáticos ou não. Consegui relacionar conceitos matemáticos com a beleza da mulher, com o que sinto”, explica Vanderley . . .
Contribuições: Professor Vanderley
Muito obrigado!
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