quinta-feira, 13 de maio de 2021

E.E. "Professor Orlando Geríbola" - - - - Eletiva - - - - Sétimo Ano C - - - Professora Christiane

 

Atividade de Eletiva 7º C


Tema: Fazer Poético


Um simples questionamento emerge como sendo a mola propulsora dessa discussão que por ora travamos: poema ou poesia? Pode-se dizer que por mais que estes termos sejam utilizados de forma recorrente, muitos ainda acabam confundindo e achando que se trata de dois elementos sinônimos – concepção essa materializada de forma errônea, equivocada. Para entendermos acerca de tais definições, temos de estar cientes de um fato: existem aqueles textos em que prevalece o sentido denotativo da linguagem e aqueles em que o olhar subjetivo emerge por parte do emissor e do receptor, sobretudo. Nesse sentido, equivale afirmar que poesia se refere àquela circunstância de comunicação em que prevalecem algumas intenções voltadas para a subjetividade, para as múltiplas interpretações. Nesse ínterim, os recursos advindos do próprio emissor se tornam plenamente válidos, haja vista que o objetivo não é o de informar, instruir, mas sim o de entreter, provocar emoções, despertar sentimentos. É o que chamamos de função poética da linguagem, pois nela prevalecem a sonoridade, a combinação das rimas, o jogo de palavras, o uso de figuras de linguagem, o uso de imagens, enfim. Partindo desse princípio, hemos de convir que a poesia se define como estado de alma, fruição, sentimentalismo. Ou seja, de tal intenção demarcada por parte de quem escreve, provém o que chamamos de poema, considerado, portanto, uma unidade da poesia. Trata-se de uma construção que se difere daquela que convencionalmente costumamos encontrar em um texto em prosa, ou seja, caracterizada por um início, meio e fim através de parágrafos. Ao constrário de tal construção, o poema se efetiva por meio de versos, os quais, uma vez reunidos, compõem o que chamamos de estrofe.  Lembrando que esses versos podem ser constatados como sendo cada linha do poema Cremos, portanto, que tais elucidações tendem a se tornar ainda mais efetivas quando partimos  para exemplos concretos, os quais nos possibilitam demarcar a presença dos elementos já citados. Por isso, vejamos:

Soneto de separação

De repente do riso fez-se o pranto

Silencioso e branco como a bruma

E das bocas unidas fez-se a espuma

E das mãos espalmadas fez-se o espanto

 

De repente da calma fez-se o vento

Que dos olhos desfez a última chama

E da paixão fez-se o pressentimento

E do momento imóvel fez-se o drama

 

De repente não mais que de repente

Fez-se de triste o que se fez amante

E de sozinho o que se fez contente

 

Fez-se do amigo próximo, distante

Fez-se da vida uma aventura errante

De repente, não mais que de repente

Vinicius de Moraes

Deparamo-nos com uma construção poética demarcada por dois quartetos e dois tercetos,  o que nos faz dar conta de se tratar de um soneto. Nele verificamos a presença de outros elementos, tais como a sonoridade, a materialização das rimas, entre outros.

Atividade 1

Agora, respondam às perguntas:

1-    Qual a diferença entre prosa, poesia e poema?

 

Atividade 2

2-   Quero que produzam uma música, pode ser de cantor famoso ou mesmo da autoria de vocês, e em sala de aula estaremos apresentando aos nossos colegas. Quem ainda não estiver vindo presencial, envie por e-mail christianef@prof.educacao.sp.gov.br. IMPORTANTE: A música precisa conter rimas. Caprichem e ousem das suas criatividades.

 

 

Boa sorte e bons estudos!

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