Atividade
de Eletiva 7º C
Tema:
Fazer Poético
Um simples questionamento emerge como sendo a mola propulsora
dessa discussão que por ora travamos: poema ou poesia? Pode-se dizer que
por mais que estes termos sejam utilizados de forma recorrente, muitos ainda
acabam confundindo e achando que se trata de dois elementos sinônimos –
concepção essa materializada de forma errônea, equivocada. Para entendermos
acerca de tais definições, temos de estar cientes de um fato: existem aqueles
textos em que prevalece o sentido denotativo da linguagem e aqueles em que o
olhar subjetivo emerge por parte do emissor e do receptor, sobretudo. Nesse
sentido, equivale afirmar que poesia se
refere àquela circunstância de comunicação em que prevalecem algumas intenções
voltadas para a subjetividade, para as múltiplas interpretações. Nesse ínterim,
os recursos advindos do próprio emissor se tornam plenamente válidos, haja
vista que o objetivo não é o de informar, instruir, mas sim o de entreter,
provocar emoções, despertar sentimentos. É o que chamamos de função poética da
linguagem, pois nela prevalecem a sonoridade, a combinação das rimas, o jogo de
palavras, o uso de figuras de linguagem, o uso de imagens, enfim. Partindo
desse princípio, hemos de convir que a poesia se define como estado de
alma, fruição, sentimentalismo. Ou seja, de tal intenção demarcada por parte de
quem escreve, provém o que chamamos de poema,
considerado, portanto, uma unidade da poesia. Trata-se de uma construção que se
difere daquela que convencionalmente costumamos encontrar em um texto em prosa,
ou seja, caracterizada por um início, meio e fim através de parágrafos. Ao
constrário de tal construção, o poema se efetiva por meio de versos, os quais,
uma vez reunidos, compõem o que chamamos de estrofe. Lembrando
que esses versos podem ser constatados como sendo cada linha do poema Cremos,
portanto, que tais elucidações tendem a se tornar ainda mais efetivas quando
partimos para exemplos concretos, os quais nos possibilitam demarcar a
presença dos elementos já citados. Por isso, vejamos:
Soneto de separação
De repente do riso fez-se o pranto
Silencioso e branco como a bruma
E das bocas unidas fez-se a espuma
E das mãos espalmadas fez-se o espanto
De repente da calma fez-se o vento
Que dos olhos desfez a última chama
E da paixão fez-se o pressentimento
E do momento imóvel fez-se o drama
De repente não mais que de repente
Fez-se de triste o que se fez amante
E de sozinho o que se fez contente
Fez-se do amigo próximo, distante
Fez-se da vida uma aventura errante
De repente, não mais que de repente
Vinicius de Moraes
Deparamo-nos
com uma construção poética demarcada por dois quartetos e dois tercetos,
o que nos faz dar conta de se tratar de um soneto. Nele verificamos a presença
de outros elementos, tais como a sonoridade, a materialização das rimas, entre
outros.
Atividade 1
Agora, respondam às perguntas:
1- Qual a
diferença entre prosa, poesia e poema?
Atividade 2
2- Quero
que produzam uma música, pode ser de cantor famoso ou mesmo da autoria de vocês,
e em sala de aula estaremos apresentando aos nossos colegas. Quem ainda não
estiver vindo presencial, envie por e-mail christianef@prof.educacao.sp.gov.br.
IMPORTANTE: A música precisa conter rimas. Caprichem e ousem das suas
criatividades.
Boa sorte e bons estudos!
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