GRAUS DE AUTISMO: POR QUE É IMPORTANTE SABER?
Quando falamos sobre graus de autismo, referimos ao espectro autista. Há crianças em que o espectro é mais severo; para outras, no entanto, ele é mais brando. Não existe mais a ideia do autismo clássico. Este tipo de definição não é usado pelos profissionais.
Atualmente, há o transtorno do espectro autista (TEA), onde a criança é classificada dentro dos critérios mínimos do autismo, entre os mais leves, moderados e os mais severos. Os graus estão muito bem explicados no manual de transtornos mentais da infância e da adolescência DSM-5.
50% das crianças com autismo apresentam também deficiência intelectual. De 40% a 45% apresentam um nível intelectual normal. 5% a 10% demonstram altas habilidades. Além de saber qual o grau, é importante notar se a criança apresenta, associada ao autismo, alguma deficiência. Em torno de 80% deles, os casos variam entre moderado e severo.
Cuidado com determinados conteúdos disponíveis na web
Tenha cautela com as publicações de Facebook que apontam o autismo para dois eixos: que o autismo é curável e que é até evitável. Isto não existe. O que podemos afirmar é que o tratamento serve para promover uma intervenção que proporcione melhor qualidade de vida, de forma gradativa.
Interessante ressaltar que pais de autistas sofrem. Eles trazem consigo a esperança que seus filhos serão curados. Infelizmente, muitos indivíduos aproveitam essa situação para prometer tratamentos que não são reconhecidos pela ciência. É preciso ter muito cuidado com isso.
O diagnóstico precoce, bom nível intelectual e de linguagem são os pontos que proporcionam à criança um quadro mais leve. A intervenção deve ser feita dentro das evidências científicas. Não é qualquer tratamento que vai solucionar o caso. Tudo depende da necessidade e do grau da criança. Há muitos métodos que a neurociência não reconhece como eficazes.
Para que serve o grau do autismo?
O grau de autismo serve para nos dar um norte de quais são as prioridades que devemos ter com essa criança. É com base na intensidade dos casos que as intervenções são aplicadas. Importante saber o nível de linguagem, a quantidade de estereotipia, entre outros. Há casos de autistas que nunca vão falar, mas isso se deve ao fato de muitos pais levarem seus filhos aos 6 ou 7 anos, considerado tarde para o diagnóstico.
O resultado das intervenções requer tempo
É muito importante saber que nenhuma criança com autismo melhora de uma hora para outra. Não existe a transição do severo para moderado e do moderado para leve de forma rápida. A intervenção proporciona uma melhora gradativa.
Genética influencia
Sabe-se que o autismo tem uma enorme carga genética, que chega a 90% do desenvolvimento do espectro. Outra informação importante é que os pais precisam aceitar o diagnóstico para levar o filho aos cuidados de profissionais.
O autismo não pode ser diagnosticado na gestação, mas observando a criança em suas relações interpessoais e no desenvolvimento de suas habilidades. Um sinal é perceber se a criança age de maneira repetitiva, por exemplo.
A importância do especialista
O ideal é que cada profissional seja especialista para saber conduzir o autista em suas demandas. Somente dessa maneira, seu filho pode ser submetido a uma intervenção eficaz e que proporciona a ele uma melhor qualidade de vida.
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