..., aprendizagem significativa é um
processo pelo qual uma nova informação se relaciona com um aspecto relevante de
estrutura de conhecimento do indivíduo. Ou seja, neste processo a nova
informação interage com uma estrutura de conhecimento específica, a qual Asubel
define como conceito subsunçor ou, simplesmente, subsunçor (subsumer),
existentes nas estrutura cognitiva do indivíduo. A
aprendizagem significativa ocorre quando a nova informação ancora-se em subsunçores
relevantes preexistentes na estrutura cognitiva de quem aprende. Asubel vê o
armazenamento de informações na mente humana como sendo altamente organizado,
formando uma hierarquia conceitual na qual elementos mais específicos de
conhecimento são relacionados (e assimilados) a conceitos e proposições mais
gerais, mais inclusivos. Estrutura cognitiva significativa, portanto, uma estrutura hierárquica de subsunçores que são abstrações
de experiências do indivíduo. (MOREIRA & MASINI, P.18, 2001).
Estes são argumentos de MOREIRA & MASINI, numa visão mais
abrangente da Teoria de Aprendizagem Significativa de David Asubel.
“Não há interação entre a nova informação e aquela já
armazenada. O conhecimento assim adquirido fica arbitrariamente distribuído na estrutura
cognitiva sem relacionar-se a conceitos subsunçores específicos (...) Na
verdade Asubel não estabelece a distinção entre
aprendizagem significa e mecânica como sendo uma dicotomia, e sim como um
continuum.” (MOREIRA & MASINI, pag 19, 2001)
“O que muda é que dentro de uma perspectiva de aprendizagem
construída a partir de um conhecimento prévio das crianças, é muito fortemente
colocada por Asubel, nada se aprende se eu não ancorar um novo conhecimento em
conjunto com um novo conhecimento já existente, é mais fácil construir a partir
do que já se sabe.”
“Quando pensamos na estrutura cognitiva de um aluno que
deverá se apropriar do conceito de números inteiros, por exemplo, podemos
considerar que os mesmos deveriam já ter vários conceitos já assimilados, como
os conceitos de números, campo numérico dos naturais e suas operações
fundamentais que associados aos conceitos de ganhar/perder, positivo/negativo
deverão servir de ponte para a ancoragem do novo conceito para à estrutura
cognitiva do aprendiz.”
“Reconhecer a necessidade de fazer um
levantamento dos conceitos já existentes de estrutura cognitiva dos alunos,
mesmo que insuficientes, a partir de sondagens realizadas por meio de mapas
conceituais levará os professores da importância de trabalhar com novos
conceitos matemáticos através de sequências didáticas
que contemplem, por exemplo, atividades (organizadores
prévios) que evidenciem os conhecimentos prévios dos aprendizes.”
“No caso dos números inteiros, o aluno poderá ter na
estrutura cognitiva as noções de perder/ganhar, positivo/negativo, no entanto, se o professor ao introduzir o novo conceito não utilizar
sequências didáticas e atividades significativas para que o aprendiz estabeleça
as pontes necessárias entre o que já conhece e o que deverá aprender a
aprendizagem poderá ser mecânica”.
Zabala (1998) coloca que as mesmas caracterizam-se por: “um conjunto de atividades ordenadas, estruturadas e
articuladas para a realização de certos objetivos educacionais, que têm um
princípio e um fim conhecidos tanto pelos professores como pelos alunos”.
(p.18)
Organizadores prévios, Ausubel os propõe como forma de manipular a
estrutura cognitiva dos indivíduos, facilitando a aprendizagem significativa. Organizadores prévios consistem em atividades que tem
como objetivo introduzir os novos conceitos a partir do que os professores
perceberam existir ou não na estrutura cognitiva dos aprendizes.
“Segundo Ausubel, a principal função do organizador prévio é a de servir de ponte entre o que
o aprendiz já sabe e o que ele deve saber, a fim de que o material possa ser
aprendido de forma significativa. Ou seja, os organizadores
prévios são úteis para facilitar a aprendizagem na medida em que funcionam
como “pontes significativas”. MOREIRA
& MASINI (2001)
MOREIRA & MASINI (2001) destacam ainda que Ausubel define
assimilação como o processo de subsunção e o representa através do esquema
abaixo:
NOVA INFORMAÇÃO POTENCIALMENTE SIGNIFICATIVA a
ASSIMILADA POR
CONCEITO SUBSUNÇOR EXISTENTES NA
ESTRUTURA COGNITIVA A
PRODUTO INTERACIONAL SUBSUNÇOR MODIFICADO A’a’
Conforme representado no esquema acima que os conceitos novos
potencialmente significativos “a” ao se ancorarem aos conceitos subsunçores “A”
já existentes na estrutura cognitiva do indivíduo que aprende, podendo ser
caracterizados como uma extensão do mesmo, elaboração ou qualificação, se
modificando mutuamente resultando em conceito mais elaborado, chamado por
Ausubel como produto interacional.
O mapeamento conceitual, proposto por Ausubel tem como
objetivo orientar o Professor na definição de organizadores
prévios (atividades) e de sequências didáticas
que contribua para a promoção da recuperação contínua para a posteriori
efetivar a aprendizagem significativa, tendo em vista a viabilização do
currículo de matemática nas salas de aula.
“Os mapas conceituais permitem ao aprendiz uma forma
diferenciada da apropriação do conhecimento, por elaboração pessoal, obtida a
partir de conceitos pré-existentes em sua estrutura cognitiva. Os mapas são
diferentes no sentido que: i) cada um pode interpretar de uma forma diferente;
ii) cada um pode construir o seu. Assim, o que se apresenta é um mapa possível
e não “o mapa conceitual sobre” (Moreira, 1988). (Dandolini & Souza, 2009,
p.1)
Segundo Moreira & Masini (2001) mapa conceitual
caracteriza-se a priori como sendo um diagrama de conceitos interconectados
entre si.
“Num sentido amplo, mapas conceituais são apenas diagramas indicando
relações entre conceitos (Moreira, M.A., 1977). Mais especificamente, no
entanto, eles podem ser vistos como diagramas hierárquicos que procuram
refletir a organização conceitual de uma disciplina ou parte de uma disciplina.
Ou seja, sua existência é derivada da estrutura conceitual de uma disciplina.” (p.51)
Como construir um mapa conceitual, endereço eletrônico:
Exemplos de Mapas Conceituais elaborados por alunos:
Teoria de David Ausubel:
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