segunda-feira, 22 de março de 2021

Novo Ensino Médio - - - E.E. "Professor Orlando Geríbola" - - - Informações

O que muda no novo ensino médio?

O Novo Ensino Médio traz uma série de mudanças que tem como objetivo colocar o aluno como protagonista. Para entendê-lo, é possível pensar em dois blocos principais: O currículo geral básico, que tem como referência a Base Nacional Comum Curricular (BNCC) e define competências e habilidades para quatro áreas do conhecimento (linguagens e suas Tecnologias, Matemática e suas Tecnologias, Ciências da Natureza e suas Tecnologias e Ciências Humanas e Sociais Aplicadas), contemplando todos os componentes curriculares. Já os itinerários formativos, que correspondem a 40% da carga horária, oferecem caminhos de aprofundamento distintos aos estudantes em uma ou mais áreas de conhecimento e/ou na formação técnica e profissional.

O Novo Ensino Médio também altera a carga horária, ampliando de 2.400 para 3.00 horas totais, das quais 60% são destinadas para a formação geral básica e 40% aos itinerários formativos. Para isso, as redes terão a liberdade de definir como essa ampliação será realizada. Pode-se considerar, por exemplo, aumentar o horário de aula em uma hora por dia. No guia de implementação do Novo Ensino Médio, organizado pelo MEC, é possível encontrar exemplos de como essa divisão pode ser feita".

"O que são os itinerários e como eles podem ser aplicados?

Os itinerários formativos são unidades curriculares ofertadas pelas escolas que possibilitam ao estudante aprofundar seus conhecimentos e se preparar para concretizar o seu projeto de vida, independente do caminho que ele optar, seja com o foco acadêmico no ensino superior, na formação técnica profissionalizante ou até mesmo a partir do empreendedorismo.

Cada rede escolar fica responsável por definir os itinerários oferecidos, considerando suas particularidades e, principalmente, o desejo dos estudantes. Além de aulas tradicionais, as unidades curriculares que compõem o itinerário formativo podem surgir no formato de projetos, oficinas, atividades e práticas contextualizadas, sempre pensando no protagonismo e engajamento dos estudantes.

Apesar da liberdade para a elaboração dos currículos dos itinerários, todos devem ser estruturados a partir de quatro eixos estruturantes: Investigação Científica, Mediação e Intervenção Sociocultural, Processos Criativos e Empreendedorismo. Eles podem ser combinados ou distribuídos ao longo dos itinerários formativos".

"Os alunos do ensino médio estão preparados para tomar essa decisão?

Uma dúvida comum que surge ao pensar sobre o assunto é se os alunos estão preparados para tomar essa decisão. Neste sentido, é importante destacar uma carga horária específica para o desenvolvimento do projeto de vida dos estudantes logo no início da etapa ou o quanto antes possível. As redes deverão ofertar aos estudantes orientações vocacionais e profissionais.

De acordo com Carolina Pavanelli, diretora pedagógica do sistema de ensino Eleva, é importante prestar atenção à como os alunos estão fazendo essa escolha: “É muito importante que o aluno do nono ano já seja acompanhado e instituído a partir de 2021. É preciso explicar como essa escolha acontece e como ele deve montar seu projeto de vida. Esse processo deve ser algo estruturado para que o aluno tenha consciência de suas escolhas mesmo que ele mude de ideia.”

Sendo assim, o projeto de vida é componente obrigatório do Ensino Médio e convida a escola a proporcionar para o estudante um espaço de desenvolvimento integral. No e-book “Aprofundando o Novo Ensino Médio com LIV”, você lê mais sobre o assunto e confere como o Laboratório Inteligência de Vida pode auxiliar na implementação de um novo currículo".

"Quem poderá lecionar?

Ao definir os itinerários formativos que serão oferecidos aos alunos, é importante também considerar quais são as formações e especializações dos professores. De acordo com Carolina Pavanelli, a escola pode apoiar os professores criando currículos e disponibilizando materiais didáticos para os itinerários formativos, dessa forma, o professor sabe por onde seguir.

Para além disso, é importante ressaltar que a escolha de professores é algo individual, mas Carolina traz um exemplo de como o Eleva construiu seus itinerários: “O interessante é que você traga itinerários que possam ser lecionados pelos professores que você já tem na sua escola. Em nossas escolas resolvemos trabalhar com o conceito de ‘disciplina norteadora’. Se você tem itinerário formativo de humanas chamado ’Novas democracias’, cuja disciplina norteadora é história, então o professor de história do ciclo geral básico é quem vai lecionar essa disciplina”, descreve.

O guia de implementação, disponibilizado pelo MEC, ressalta que é necessário entender quais são as formações e interesses dos professores da rede e estabelecer um diálogo com a sociedade para disponibilizar itinerários que contemplem esses interesses e necessidades.

A Lei de Diretrizes e Bases da Educação possibilita que profissionais com notório saber reconhecidos pelo estado lecionem, exclusivamente, cursos dos itinerários formativos técnico-profissionais. Estes profissionais deverão ser reconhecidos pelos respectivos sistemas de ensino, para ministrar conteúdos de áreas relacionadas à sua formação ou experiência profissional".

"Como fica o ENEM?

Hoje o ENEM está dividido em dois dias de avaliação, o primeiro contemplando as áreas de humanas e o segundo de exatas e biológicas. Apesar de ainda não existir uma definição de mudanças que contemplem o Novo Ensino Médio, o MEC compreende que o Exame deverá se adequar à BNCC de forma gradual.

De acordo com Carolina, essas mudanças devem começar a acontecer a partir de 2024, com dois dias de prova – o primeiro que contemple os conteúdos da base curricular, e o segundo que traga questões específicas a respeito dos itinerários formativos".

Fonte: https://porvir.org/5-perguntas-sobre-o-novo-ensino-medio/

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