sexta-feira, 9 de setembro de 2016

Contribuições do Professor Vanderley

AppProva – 2016
Conteúdos mais cobrados no ENEM


Revista Nova Escola – 06/09/2016
O que esperar do ENEM de 2016

Saiba quais são os conteúdos e habilidades mais cobrados no exame e veja o que pode mudar na avaliação no próximo ano

Classe de alunos sentados em suas carteiras fazendo prova

A 18ª edição do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) acontecerá nos dias 5 e 6 de novembro. Nos últimos anos, a avaliação se tornou porta de entrada para diversas universidades e cursos técnicos do país. Consequentemente, ganhou mais relevância na agenda não só de alunos e professores da etapa final do Ensino Básico, mas de outros jovens e adultos que buscam ingressar no Ensino Superior. Só neste ano, são mais de 8,6 milhões de inscritos. Em 2009, quando ocorreram mudanças drásticas na prova, com a incorporação de diversos conteúdos curriculares e o aumento do tamanho da avaliação, esse número não passava de 4,1 milhões.

Apesar das mudanças no modelo e na finalidade do Enem, há alguns conteúdos e habilidades que costumam aparecer todos os anos. Abaixo, confira um resumo do levantamento dos temas mais presentes desde 1998, quando o exame foi criado. O estudo, feito pelo AppProva, plataforma que reúne questões de diversos concursos, mapeou 10 conteúdos mais cobrados de cada disciplina e 30 habilidades para cada uma das quatro áreas em que a prova se divide.

Linguagens, Códigos e suas Tecnologias

Nesta área, as questões têm se concentrado em avaliar se os alunos sabem identificar linguagens e gêneros textuais e se conseguem relacionar informações e entender o uso e função social de diferentes estruturas linguísticas. Por isso mesmo, as perguntas de Língua Portuguesa e Literatura que mais apareceram nas últimas edições são sobre variação linguística, interpretação de texto e intertextualidade. Nas línguas estrangeiras, com Inglês e Espanhol, o foco é interpretação de textos jornalísticos e tirinhas. Já nas artes, cobra-se que os inscritos saibam reconhecer e analisar funções da Arte, da linguagem corporal e da diversidade artística. No que diz respeito às tecnologias, o que o Enem considera importante é reconhecer a função e o impacto social das novas mídias.

Ciências da Natureza e suas Tecnologias

Assim como na área de Linguagens, este campo também cobra que os alunos saibam relacionar e confrontar informações científicas. Além disso, as questões costumam avaliar se a pessoa é capaz de reconhecer, relacionar e explicar características, propriedades e etapas de fenômenos e processos biológicos, químicos ou físicos e avaliar impactos em ambientes naturais decorrentes de atividades sociais ou econômicas. Em Biologia, conhecimentos em ecologia são os mais cobrados, seguidos de anatomia e fisiologia humana, evolução e genética. Na Física, os principais temas são energia, termodinâmica e eletricidade. Na Química, os conteúdos mais evidentes são a química orgânica e inorgânica, as propriedades da matéria e a química ambiental.

Matemática e suas Tecnologias

Gráficos, tabelas, razão, proporção, porcentagem e juros estão no topo da lista das questões mais presentes em Matemática. Espera-se, principalmente, que o aluno saiba resolver situações-problema envolvendo conhecimentos numéricos e geométricos e analisar informações e resolver problemas com dados apresentados em gráficos e tabelas.

Ciências Humanas e suas Tecnologias

Nesta área, as principais habilidades cobradas dos inscritos é a interpretação histórica e geográfica, a análise de fontes documentais, a identificação, comparação e avaliação de manifestações sociais, políticas, culturais e artísticas. Nas questões de História, a história brasileira é o que mais aparece, com os períodos da ditadura, da oligarquia e da era Vargas. Em Geografia, a exploração dos recursos naturais, problemas urbanos e agroindústria são os temas mais presentes no Enem desde 1998. Em Filosofia, ética e política estão no topo da lista dos temas mais cobrados, e, em Sociologia, são a cultura, valores e as relações indivíduo-sociedade que se destacam.
Mesmo sabendo o que mais se cobra no Enem, o mais indicado para escolas e professores que desejam ajudar os alunos a obter um bom desempenho na avaliação éapostar em ações regulares, capazes de garantir uma aprendizagem consistente, e não focadas exclusivamente no exame.

O futuro do exame

Para 2017, o Enem deve sofrer novas mudanças, de acordo com Maria Inês Fini,presidente do  Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) e membro do grupo que criou e implementou a avaliação, em 1998. Ainda não há nenhuma resolução, mas espera-se que haja alterações na estrutura pedagógica e metodológica do exame.

Nilson Machado, professor da Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo (FEUSP) e também participante do grupo que criou a matriz de referência da prova, prevê três cenários possíveis para a prova a partir do próximo ano. Os dois primeiros são opostos. O primeiro levaria o Enem a perder as características de vestibular, retornando à trajetória inicial de diagnóstico da Educação Básica. O segundo seria a consolidação do caráter de processo seletivo. “Quando se tem uma proposta de diagnóstico, a intenção é que todos tenham um bom desempenho. Já em um processo seletivo, as vagas são limitadas e só ficam os que tiveram a melhor nota. Esses dois projetos não casam”, justifica.

A terceira solução é intermediária: o Enem manteria a característica diagnóstica e a nota seria apenas um indicador de que a pessoa está preparada para ingressar no Ensino Superior. “É o que acontece com testes de línguas, por exemplo. Você não vai estudar em nenhuma universidade estrangeira só por conta de uma boa nota no exame, mas ele indica que você está preparado para estudar naquela língua”, explica Nilson.


Revista Nova Escola – 22/08/2016
Como preparar sua escola para o ENEM

Melhorar o desempenho dos alunos na avaliação depende de ações regulares e não focadas exclusivamente no exame

Nos dias 5 e 6 de novembro, os alunos brasileiros vão encarar o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Criado em 1998 com a função de avaliar os últimos anos da Educação Básica, em 2009, o Enem se tornou uma das portas de entrada para diversas universidades do país. Agora, muitas instituições de ensino buscam aproximar os estudantes do exame. “Para nós, o Enem é importante porque revela se os alunos estão concluindo o Ensino Médio com a formação básica necessária para se inserir em novos meios sociais, como o Ensino Superior e o mercado de trabalho”, explica Tânia Mara de Moraes, diretora da Etec Cônego José Bento, em Jacareí, interior de São Paulo.

Para garantir um bom desempenho, muitas escolas investem em simulados, provas semanais e aulas extras focadas no exame. Mas será esse o caminho ideal para obter bons resultados? Para Ocimar Munhoz Alavarse, professor da Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo (USP), apesar de muitos educadores acreditarem que sim, ações organizadas exclusivamente em razão da prova não elevam a performance dos alunos. “Isso consome muito tempo e recursos da turma e dos professores em sala, quando o que mais pode ajudar os estudantes é aumentar o conhecimento de fato e não aprender a responder questões do Enem. São bons materiais didáticos, boas aulas e muito estudo que ajudam e influenciam no resultado”, afirma.

Foi exatamente isso o que os gestores da Etec de São Paulo perceberam. Antes do Enem, a escola costumava manter uma rotina de simulados, elaborados pela equipe de professores. “Em determinado momento, notamos que o tempo gasto nessa atividade atrapalhava o desenvolvimento de outros componentes curriculares”, explica o diretor Negipe Valbão Júnior. Entre as ações que acreditam fazer a diferença no desempenho, a escola destaca o acompanhamento da aprendizagem dos alunos feito pela coordenação pedagógica e a análise dos resultados de avaliações e atividades durante os conselhos de classe. “Identificamos os pontos de defasagem e pensamos em ações para dar conta das necessidades de aprendizagem”, coloca Negipe.

Não significa, porém, que os simulados devem ser banidos. A ideia é que, caso eles sejam realizados, sirvam para dar indicativos dos conteúdos que os estudantes não assimilaram bem e de como o processo de ensino e aprendizagem pode ser qualificado. “Os simulados devem contribuir nessa perspectiva de retroalimentar o planejamento e, ao mesmo tempo, colaborar para os alunos monitorarem seu conhecimento”, esclarece Ocimar.

Na Etec Cônego José Bento, os esforços para a melhoria da aprendizagem estão no incentivo da participação dos professores em capacitações para formação continuada. “Isso garante que os docentes deem boas aulas . Também instigamos a realização de atividades que contribuam para um aprendizado mais concreto e procuramos integrar os componentes curriculares com as atualidades. O comprometimento dos alunos também é um fator muito significativo”, conta a diretora Tânia.

Pelo exemplo das duas Etecs, dá para ver que não há muito segredo quando o assunto é ajudar os alunos a obter bons resultados nas avaliações externas. As ações das duas escolas não são pensadas para o Enem, pelo contrário, são regulares e têm por objetivo oferecer um ensino de qualidade e garantir uma aprendizagem consistente. Ocimar analisa que esse é um ponto importante do processo e que, apesar da matriz de avaliação do Enem poder ser usada como referência, é preciso que os conteúdos sejam desenvolvidos como fruto do trabalho pedagógico. “Não adianta olhar para as questões pedidas especificamente no exame. A escola tem que fazer um movimento em que seu currículo, suas atividades, materiais didáticos e professores contribuam para o desenvolvimento de habilidades que possam ser aplicadas em provas como o Enem”, explica o professor da USP.


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