terça-feira, 13 de outubro de 2015

UNICAMP - "Fórum Quando o preconceito tem cor. Reflexões sobre o racismo"

Prezados Professores e Pesquisadores
Núcleos de Estudos Afro-Brasileiros - NEABs

CONVITE
 
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A Universidade Estadual de Campinas – UNICAMP, o Fórum Pensamento Estratégico – PENSES e o Despatologiza - Movimento pela Despatologização da Vidatêm a honra de convidá-lo (a) para participar do evento
“Fórum Quando o preconceito tem cor. Reflexões sobre o racismo”
Data: 29 e 30 de outubro de 2015
Local: Auditório do Centro de Convenções - CDC
Universidade Estadual de Campinas – Barão Geraldo

Vivemos em uma sociedade permeada por problemas essencialmente coletivos, de ordem política, econômica, cultural, social. Uma sociedade que se constitui fundada na igualdade no plano do discurso e na desigualdade de fato.

Desigualdades principalmente por etnia, inserção social, gênero. Desigualdades escamoteadas por preconceitos, que cumprem a perversa função ideológica de justificar e legitimar a exclusão da maioria absoluta das pessoas.

Assim, um homem de pele de cor negra é tornado apenas e irremediavelmente um negro. Desaparece todo o contexto, sua história de vida, suas emoções e sofrimentos, suas potencialidades, suas utopias, seus desejos, desaparece tudo, para restar apenas um negro. Uma pessoa reduzida à tonalidade de sua epiderme, a porção mais superficial e limítrofe de seu corpo, que mede no máximo 1 a 2 míseros milímetros de espessura.

O racismo está alicerçado no terreno da intolerância com “o diferente”, afrontando o fato de que “o diferente” não existe; existem “diferenças” entre dois seres. Marcar alguém como “diferente” revela muito de quem marca, como alguém incapaz de se perceber na alteridade e de reconhecer o outro como uma pessoa igual a si. Essa intolerância constitui um dos elementos fundantes do fascismo.

Porém, o racismo leva a intolerância a um grau extremo, de negação  da condição humana de uma pessoa cuja pele seja de cor negra.

A vida cotidiana vem sendo perpassada por atitudes e ações microfascistas de toda ordem e os atos racistas se inscrevem nesse contexto, nele se alimentando e retroalimentando-o. Hoje. vivenciamos a sensação de ter sido destampado o pote de ódio.

As pessoas com pele de cor negra sempre sofreram e continuam sofrendo discriminações e agressões, em todos os campos. Saúde, justiça, educação, mundo do trabalho, nas ruas, e agora também nas redes sociais. Entretanto, é certo que algumas a sofrem ainda mais, como as mulheres com pele de cor negra.

Somos todos diferentes um do outro, somos, cada um de nós, sujeitos singulares - constituídos coletivamente sim -, mas únicos e diferentes entre todos. As diferenças não são problemas; ao contrário, são o que há de mais rico na humanidade, são as soluções.

Porém, há de distinguir diferenças de desigualdades.

Diferenças devem ser respeitadas, valorizadas, acolhidas, atendidas em suas necessidades e especificidades. Lembremos um ponto fundamental: reconhecer diferenças só é possível entre iguais. Reconhecer diferenças me identifica com “o outro”.

Em contraste, no terreno da desigualdade, não há possibilidade de identificação, pois nele “o outro” é deformado.
As desigualdades devem ser radical e intransigentemente combatidas.
O racismo deve ser radical e intransigentemente combatido.
Este combate é de todos nós.


Para mais informações e inscrição, acessar o endereço: http://www.gr.unicamp.br/penses/forum_preconceito_racismo/
O evento é gratuito e serão emitidos certificados de participação aos que se inscreverem no site.
Programação
29 de Outubro (quinta-feira)
8h30 - 9h00
Credenciamento
9h00 - 9h30
"Navio Negreiro" - Poema de Castro Alves
Canto das Três Raças
·         Renato Braz - cantor, violonista e percussionista brasileiro
9h30 - 10h00
Mesa de Abertura
·         Representante da Reitoria - Unicamp
·         Julio Hadler - PENSES - Unicamp
·         Maria Aparecida Moysés - FCM e REPENSE/PENSES - Unicamp 
10h00 - 11h15
 "Conferência" 
·         Leci Brandão - Deputada Estadual por São Paulo
11h15 - 12h30
Conferência - "Racismo e os microfascismos cotidianos"
·         Emerson Merhy - UFRJ
12h30 - 14h00
Almoço
14h00 - 16h00
Roda de Conversa: "Racismo na justiça, no trabalho, na rua" 
·         Maria Sylvia de Oliveira - Geledés - Instituto da Mulher Negra
·         Ramatis Jacino - USP
·         Antonio Cesar Marques da Silva - ONG Se essa rua fosse minha - RJ
16h00 - 16h15
Café
16h15 - 17h30
Conferência: "A Capoeira Angola e as lutas antirracistas em contextos interculturais"
·         Rosangela "Janja" Araújo - UFBa
17h30 
Roda de Capoeira
·         Mestre Tarzan - Campinas
30 de Outubro (sexta-feira)
9h00 - 10h15
Conferência: “Racismo na academia”
·         José Jorge de Carvalho - UnB; MEC
10h15 - 10h30
Café
10h30 - 12h30
Roda de Conversa: “Racismo na saúde, na educação, nas redes sociais”
·         Jurema Werneck - ONG Criola
·         Rosana Batista Monteiro - UFSCar Sorocaba; ETNS/UFSCar; LEAFRO/UFRRJ
·         Cristiane Damacena Gonçalves de Oliveira - Jornalista e“social media”
12h30 - 14h30
Almoço
14h30 - 15h45
Conferência: “Este é um país racista que oculta a sua história - Memória e resistência" 
·         Roseli de Oliveira - Mestre em Ciências Sociais e Especialista em Saúde Pública
15h45 - 16h00
Café
16h00 - 17h15
Conferência: " O racismo e a intolerância religiosa"
·         Cristiane Gargantini - Dirigente Espiritual do Núcleo Caminhos da Vida
17h15 
Cortejo dos orixás
·         Ilú Obá De Min - SP


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Um comentário:

  1. Sem novas alternativas de enfrentamento dificilmente o racismo será superado como vemos em:
    http://saudepublicada.sul21.com.br/2015/10/12/e-possivel-o-dialogo-entre-discriminado-e-discriminador/

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