Prezados Professores e PesquisadoresNúcleos de Estudos Afro-Brasileiros - NEABsCONVITEA Universidade Estadual de Campinas – UNICAMP, o Fórum Pensamento Estratégico – PENSES e o Despatologiza - Movimento pela Despatologização da Vidatêm a honra de convidá-lo (a) para participar do evento“Fórum Quando o preconceito tem cor. Reflexões sobre o racismo”Data: 29 e 30 de outubro de 2015Local: Auditório do Centro de Convenções - CDCUniversidade Estadual de Campinas – Barão GeraldoVivemos em uma sociedade permeada por problemas essencialmente coletivos, de ordem política, econômica, cultural, social. Uma sociedade que se constitui fundada na igualdade no plano do discurso e na desigualdade de fato.Desigualdades principalmente por etnia, inserção social, gênero. Desigualdades escamoteadas por preconceitos, que cumprem a perversa função ideológica de justificar e legitimar a exclusão da maioria absoluta das pessoas.Assim, um homem de pele de cor negra é tornado apenas e irremediavelmente um negro. Desaparece todo o contexto, sua história de vida, suas emoções e sofrimentos, suas potencialidades, suas utopias, seus desejos, desaparece tudo, para restar apenas um negro. Uma pessoa reduzida à tonalidade de sua epiderme, a porção mais superficial e limítrofe de seu corpo, que mede no máximo 1 a 2 míseros milímetros de espessura.O racismo está alicerçado no terreno da intolerância com “o diferente”, afrontando o fato de que “o diferente” não existe; existem “diferenças” entre dois seres. Marcar alguém como “diferente” revela muito de quem marca, como alguém incapaz de se perceber na alteridade e de reconhecer o outro como uma pessoa igual a si. Essa intolerância constitui um dos elementos fundantes do fascismo.Porém, o racismo leva a intolerância a um grau extremo, de negação da condição humana de uma pessoa cuja pele seja de cor negra.A vida cotidiana vem sendo perpassada por atitudes e ações microfascistas de toda ordem e os atos racistas se inscrevem nesse contexto, nele se alimentando e retroalimentando-o. Hoje. vivenciamos a sensação de ter sido destampado o pote de ódio.As pessoas com pele de cor negra sempre sofreram e continuam sofrendo discriminações e agressões, em todos os campos. Saúde, justiça, educação, mundo do trabalho, nas ruas, e agora também nas redes sociais. Entretanto, é certo que algumas a sofrem ainda mais, como as mulheres com pele de cor negra.Somos todos diferentes um do outro, somos, cada um de nós, sujeitos singulares - constituídos coletivamente sim -, mas únicos e diferentes entre todos. As diferenças não são problemas; ao contrário, são o que há de mais rico na humanidade, são as soluções.Porém, há de distinguir diferenças de desigualdades.Diferenças devem ser respeitadas, valorizadas, acolhidas, atendidas em suas necessidades e especificidades. Lembremos um ponto fundamental: reconhecer diferenças só é possível entre iguais. Reconhecer diferenças me identifica com “o outro”.Em contraste, no terreno da desigualdade, não há possibilidade de identificação, pois nele “o outro” é deformado.As desigualdades devem ser radical e intransigentemente combatidas.O racismo deve ser radical e intransigentemente combatido.Este combate é de todos nós.Para mais informações e inscrição, acessar o endereço: http://www.gr.unicamp.br/penses/forum_preconceito_racismo/O evento é gratuito e serão emitidos certificados de participação aos que se inscreverem no site.Programação
29 de Outubro (quinta-feira) 8h30 - 9h00 Credenciamento 9h00 - 9h30 "Navio Negreiro" - Poema de Castro AlvesCanto das Três Raças· Renato Braz - cantor, violonista e percussionista brasileiro 9h30 - 10h00 Mesa de Abertura· Representante da Reitoria - Unicamp· Julio Hadler - PENSES - Unicamp· Maria Aparecida Moysés - FCM e REPENSE/PENSES - Unicamp 10h00 - 11h15 "Conferência"· Leci Brandão - Deputada Estadual por São Paulo 11h15 - 12h30 Conferência - "Racismo e os microfascismos cotidianos"· Emerson Merhy - UFRJ 12h30 - 14h00 Almoço 14h00 - 16h00 Roda de Conversa: "Racismo na justiça, no trabalho, na rua"· Maria Sylvia de Oliveira - Geledés - Instituto da Mulher Negra· Ramatis Jacino - USP· Antonio Cesar Marques da Silva - ONG Se essa rua fosse minha - RJ 16h00 - 16h15 Café 16h15 - 17h30 Conferência: "A Capoeira Angola e as lutas antirracistas em contextos interculturais"· Rosangela "Janja" Araújo - UFBa 17h30 Roda de Capoeira· Mestre Tarzan - Campinas 30 de Outubro (sexta-feira) 9h00 - 10h15 Conferência: “Racismo na academia”· José Jorge de Carvalho - UnB; MEC 10h15 - 10h30 Café 10h30 - 12h30 Roda de Conversa: “Racismo na saúde, na educação, nas redes sociais”· Jurema Werneck - ONG Criola· Rosana Batista Monteiro - UFSCar Sorocaba; ETNS/UFSCar; LEAFRO/UFRRJ· Cristiane Damacena Gonçalves de Oliveira - Jornalista e“social media” 12h30 - 14h30 Almoço 14h30 - 15h45 Conferência: “Este é um país racista que oculta a sua história - Memória e resistência"· Roseli de Oliveira - Mestre em Ciências Sociais e Especialista em Saúde Pública 15h45 - 16h00 Café 16h00 - 17h15 Conferência: " O racismo e a intolerância religiosa"· Cristiane Gargantini - Dirigente Espiritual do Núcleo Caminhos da Vida 17h15 Cortejo dos orixás· Ilú Obá De Min - SP
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Sem novas alternativas de enfrentamento dificilmente o racismo será superado como vemos em:
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