Nós, professores, sabemos que a Matemática provoca certo receio nos alunos, principalmente quando o assunto é Álgebra, aí que o espanto é geral! Parece até combinado, pois grande parte das turmas possui uma rejeição imediata à inserção de letras no cálculo numérico. Dessa forma, cabe ao docente procurar um método de introduzir a álgebra, bem como as expressões algébricas, da forma menos “traumática” possível. Para auxiliar nessa delicada missão é que trazemos a proposta do jogo Adedonha Matemática para a introdução do ensino de Álgebra.
Essa proposta consiste em envolver a Matemática em um jogo muito comum entre crianças e adolescentes, a “Adedonha” ou “Stop!”. No jogo tradicional, os participantes escolhem diversos critérios e sorteiam uma letra. Feito isso, devem preencher cada um dos critérios com palavras iniciadas com a letra adotada. Por exemplo, se fosse sorteada a letra “A” e alguns dos critérios fossem nome próprio, fruta e objeto, algumas das respostas poderiam ser Ana, abacaxi e apagador.
Como a ideia é utilizar essa atividade lúdica para introduzir o conteúdo de Álgebra, o professor deve substituir os critérios da adedonha tradicional por expressões algébricas. Para não causar estranheza, o ideal é que não sejam utilizadas letras como variáveis nesse momento. O educador pode escrever no quadro diversas expressões e substituir as incógnitas por círculos ou quadrados, assim como é feito em turmas mais jovens. Veja alguns exemplos de expressões:
Exemplos de expressões algébricas que podem ser utilizadas na Adedonha Matemática
Para evitar que os valores numéricos se repitam várias vezes, aconselha-se que o professor escreva diversos números em pequenos papéis e sorteie-os no momento da partida. Pode-se definir ainda se haverá um tempo limite para a resolução de cada expressão e o valor obtido em cada acerto ou erro.
Após dar início ao conteúdo algébrico, experimente realizar novamente a adedonha matemática, mas utilizando letras como variáveis. Você vai ver como os alunos encararão essa introdução à Álgebra de forma bem mais natural e tranquila.
Por Amanda Gonçalves
Graduada em Matemática
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