"Outro ponto importante é entender o modelo de avaliação do Enem que, desde 2009, difere das provas tradicionais por adotar um trato estatístico de avaliação baseado na Teoria de Resposta ao Item (TRI). Esta teoria tem como principal meta evitar que o participante consiga se valer do fator sorte na hora de responder as questões. Assim reforça-se a cultura de que o importante é uma boa preparação para a prova, uma leitura calma e concentrada das questões e uma reflexão consistente na hora de respondê-las, logo, chute não tem lugar.
Explicando na prática, veja este vídeo.
Imagine que você e um amigo acertaram o mesmo número de respostas na prova. Estão empatados, certo? Depende de quais questões foram certas e quais foram erradas. Com o método de avaliação usado no Enem, o mesmo número de acertos e erros pode significar médias finais diferentes.
Veja o motivo:
1) As perguntas são divididas previamente em grupos: fáceis, médias e difíceis. Elas estão misturadas ao longo da prova e não estão sinalizadas, o estudante não sabe qual questão pertence a qual grupo.
2) Através de estatísticas e teorias matemáticas, a TRI analisa as respostas do aluno: se constata que ele errou muitas perguntas da categoria "fácil" e acertou muitas perguntas da categoria "difícil", considera o fato estatisticamente improvável e deduz que ele chutou. Realmente não vale a pena responder ao acaso.
3) Assim, a média do aluno que chutou cai. No final, a nota não depende apenas do valor absoluto de acertos. Depende também da dificuldade das questões que se acertou ou errou.
Assim, para se dar bem no Enem o estudante deve aprender a usar a informação, compreender sua utilidade e não apenas memorizar. Ele foi desenvolvido com ênfase na aferição das estruturas mentais com as quais construímos continuamente o conhecimento e não apenas na memória, que, mesmo tendo importância fundamental, não pode ser o único elemento de compreensão do mundo."
Fonte: Grupo Incluir
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