Tabuada, cópia, ditado são práticas escolares, sem o brilho e o charme das novas metodologias, sem qualquer pretígio na escola. Hoje, todos são construtivistas, seja lá o que isto signifique, e não fica bem elogiar a mera repetição: interatividade, comunicação imediata, mesmo descurando-se da forma, parecem muito mais atraentes.
Vigotski, no entanto, veio dar novo alento a velhas práticas, com ideia de Zona de Desenvolvimento Proximal (ZDP). Há tarefas que uma criança sabe fazer conscientemente, e há aquelas que ela, decididamente, não sabe saber; entre tais classes, situam-se as tarefas que a criança, se for devidamente monitorada, conseguirá realizar. Entre o saber consciente e o saber fazer monitorado situa-se a ZDP; nela devem concentra-se as ações docentes, no caminho até o fazer consciente.
Tabuada, cópia, ditado nada mais são do que fazeres monitorados. Explorá-los na escola tem o sentido moderno de trabalhar na Zona de Desenvolvimento Proximal.
Viva, pois, a tabuada.
Fonte: Educação microensaios em mil toques
Autor: Nilson José Machado
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